Economia

LEVANTAMENTO

Desemprego recua a 5,6% no Brasil e atinge menor nível desde 2012, aponta IBGE

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Da Redação

Terça - 16/09/2025 às 10:36



Foto: Divulgação Carteira de Trabalho
Carteira de Trabalho

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, o menor índice desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, o número de brasileiros desocupados chegou a 6,1 milhões, o patamar mais baixo desde o fim de 2013. Já a população ocupada alcançou 102,4 milhões de pessoas, estabelecendo novo recorde, com taxa de ocupação de 58,8%. O total de trabalhadores com carteira assinada também atingiu o maior valor já registrado: 39,1 milhões.

Para William Kratochwill, analista do IBGE, os resultados reforçam a força da recuperação econômica. “Esses números sustentam o bom momento do mercado de trabalho, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, ou seja, um mercado de trabalho mais ativo”, avaliou.

Queda no desalento e avanços setoriais

O levantamento mostra ainda que a população fora da força de trabalho se manteve estável em 65,6 milhões, enquanto o número de desalentados caiu para 2,7 milhões — queda de 11% em relação ao trimestre anterior.

Entre os setores que mais impulsionaram a geração de empregos estão agropecuária (+206 mil), atividades financeiras, administrativas, de informação e comunicação (+260 mil) e o segmento de administração pública, saúde e educação (+522 mil). Em relação ao mesmo período de 2024, comércio, indústria, transporte e serviços também registraram crescimento.

Trabalho formal em expansão e queda da informalidade

A informalidade recuou para 37,8%, abaixo do índice do ano passado (38,7%). Ainda assim, o contingente de trabalhadores informais somou 38,8 milhões. O avanço mais expressivo veio do mercado formal: o setor privado com carteira assinada chegou a 39,1 milhões de empregados, número inédito.

O trabalho por conta própria também estabeleceu recorde, reunindo 25,9 milhões de pessoas. Já o grupo de trabalhadores sem carteira assinada permaneceu estável em 13,5 milhões.

Renda cresce e massa salarial é a maior da série

A massa de rendimentos reais atingiu R$ 352,3 bilhões, o maior valor já observado pelo IBGE. O resultado representa alta de 2,5% frente ao trimestre anterior e de 6,4% em comparação a 2024. O rendimento médio mensal foi estimado em R$ 3.484, com crescimento de 1,3% no trimestre e 3,8% no ano.

De acordo com Kratochwill, “os indicadores do mercado de trabalho estão atingindo patamares de destaque, com as medidas de subutilização em níveis mínimos ou próximos do mínimo. No entanto, os rendimentos apresentaram variações marginais, salvo para militares e servidores estatutários, o que contribuiu para a elevação do rendimento médio no país”.

Sobre a pesquisa

A PNAD Contínua é considerada o principal instrumento de acompanhamento do mercado de trabalho no país. A cada trimestre, mais de 211 mil domicílios em todo o território nacional são visitados por cerca de dois mil entrevistadores vinculados às agências regionais do IBGE.

Fonte: Brasil247

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