Economia

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China amplia a compra de soja brasileira e impulsiona superávit comercial do Brasil

Esse aumento contribuiu para sustentar a balança comercial do Brasil após a queda nas vendas para os Estados Unidos

Da Redação

Segunda - 15/09/2025 às 09:48



Foto: reprodução Xi Jinping afirmou que a parceria entre China e Brasil
Xi Jinping afirmou que a parceria entre China e Brasil

O fortalecimento das relações políticas entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping tem gerado efeitos concretos na economia brasileira, especialmente no setor do agronegócio. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, em agosto de 2025, a China ampliou em 31% suas compras de soja brasileira, superando as aquisições realizadas no mesmo período de 2024. Esse aumento contribuiu para sustentar a balança comercial do Brasil após a queda nas vendas para os Estados Unidos.

O “tarifaço” de 50% imposto por Washington resultou em uma redução de 18,5% nas exportações chinesas para os EUA. Nesse contexto, a aproximação sino-brasileira e o crescimento das vendas para a China vêm se mostrando uma solução econômica sólida, em meio às crescentes disputas comerciais entre as duas potências.

No Brasil, o superávit da balança comercial cresceu 3,9%, superando o número registrado em 2024, resultado direto dos acordos diplomáticos firmados com outros países. Além da aproximação política com a China, que consolidou o Brasil como fornecedor estratégico de alimentos, destaca-se também o aumento de 40,4% nas exportações de automóveis para a Argentina.

As tensões entre China e Estados Unidos levaram o mercado chinês a buscar novos parceiros comerciais, como o Brasil e a Argentina. Segundo o jornal chinês Global Times, embora durante décadas metade da soja produzida nos EUA tenha sido exportada para a China, os produtores norte-americanos "estão perdendo bilhões de dólares em vendas de soja para a China, justamente no auge da temporada de comercialização", como consequência direta das tarifas impostas por Washington.

Para Pequim, a parceria com o Brasil garante maior segurança alimentar diante das instabilidades políticas e econômicas dos Estados Unidos. Além de consolidar o Brasil como elo fundamental no abastecimento da segunda maior economia do mundo, o redirecionamento da demanda chinesa revela os desafios enfrentados pelos produtores agrícolas norte-americanos diante das novas políticas econômicas que os colocaram em desvantagem.

Fonte: Brasil247

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