
A Azul Linhas Aéreas anunciou um corte significativo em suas operações, com o encerramento de atividades em 13 cidades e a suspensão de 53 rotas consideradas de baixa rentabilidade, com margem até 17% abaixo da média da companhia. A medida faz parte da reestruturação da empresa, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos desde maio, buscando finalizar o processo entre dezembro deste ano e fevereiro de 2026.
Apesar de não revelar quais cidades e rotas serão afetadas, a Azul informou que vai concentrar seus voos principais em seus hubs estratégicos: Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife. A empresa também planeja reduzir destinos por cidade e a operação sazonal, retirando voos para Paris no inverno e adicionando novas frequências para Orlando.
O número diário de decolagens vai cair de 931 para 836, uma redução de cerca de 10%. A frota também sofrerá um encolhimento superior a 35%, o que resultará em uma malha aérea simplificada para focar no negócio principal.
Além disso, a Azul pretende adotar estratégias comerciais para aumentar as tarifas médias, melhorar a receita por passageiro com cobranças extras, como bagagem e escolha de assento, e promover mudanças no serviço a bordo, substituindo refeições tradicionais por boxes com café da manhã e lanches.
A reestruturação inclui um financiamento de US$ 1,6 bilhão e aportes de até US$ 950 milhões, além da eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas, com o objetivo de estabilizar as finanças e garantir a continuidade da operação.
Outras grandes aéreas brasileiras já passaram por processos similares de recuperação judicial, como Latam em 2020 e Gol no início de 2024.
Fonte: Estadão