
O Brasil terá um alívio de US$ 2,6 bilhões nas tarifas cobradas pelos Estados Unidos sobre produtos derivados de aço e alumínio. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (20/8), em Brasília, pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A redução resulta de mudanças nas regras de taxação do governo norte-americano.
Nesta terça-feira (19/8), o Departamento de Comércio dos EUA decidiu incluir todos os itens que contenham aço ou alumínio na Seção 232 do Ato de Expansão Comercial, unificando a cobrança para todos os países. Segundo Alckmin, a medida nivela a competitividade brasileira frente ao mercado internacional.
“Máquinas, equipamentos, motocicletas, tudo que tem aço ou alumínio. Não é o produto que entrou na 232, é o conteúdo de aço e o conteúdo de alumínio que entrou na 232. É só o conteúdo”, explicou o vice-presidente, após apresentar no Congresso um pacote de estímulo ao comércio exterior.
Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES)
Ele destacou que a mudança representa maior equilíbrio nas exportações brasileiras. “Se eu vendo uma máquina que tem aço, essa parte do aço, nós ficamos igual ao mundo inteiro, porque entra na seção 232. Um instrumento domiciliar, como garfo, faca, tudo que tiver alumínio”, disse.
O governo dos Estados Unidos havia imposto tarifas de até 50% aos produtos brasileiros, sob justificativa de déficit comercial com o Brasil. No entanto, dados apontam que a relação é superavitária para os próprios norte-americanos, o que torna a cobrança “injustificável”, segundo integrantes do governo federal.
Diante da resistência da Casa Branca em negociar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou o Plano Brasil Soberano, uma Medida Provisória que prevê linhas de crédito e a ampliação de programas para apoiar empresas exportadoras impactadas pela política tarifária dos EUA.
Fonte: Metrópoles