A ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, fez um resumo sobre a participação no Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), realizado no domingo (18). Cerca de 1 milhão de pessoas participaram do exame. O total de inscritos foi de 2,14 milhões, o que significa que mais de 50% das pessoas não compareceram. “Esse número está dentro do que esperávamos, considerando outros concursos grandes”, disse a ministra. Ela também mencionou que o Distrito Federal teve a menor taxa de abstenção, enquanto o Ceará teve a maior. Segundo a ministra, a taxa de abstenção foi menor do que em outros concursos recentes, como o do Banco Central. Ela explicou que a média histórica de abstenção é de cerca de 40%, podendo chegar a 50% em concursos maiores.
Durante a coletiva, a ministra destacou que a maior parte das ausências foi entre os candidatos que disputavam vagas para o ensino médio, enquanto aqueles com nível superior compareceram mais.
“O maior índice de faltas foi no nível médio, que tinha mais candidatos por vaga. Nos outros grupos, a abstenção ficou abaixo da média. O grupo com menos faltas foi o 3, da área ambiental, agrária e biológica. No geral, as taxas de abstenção para o nível superior foram bem parecidas. O que realmente se destacou foi o nível médio”, avaliou a ministra.
A ministra comemorou a participação de 1 milhão de pessoas no Concurso Nacional Unificado (CNU), que se tornou o maior já realizado no Brasil. Ela afirmou que o objetivo era transformar o serviço público brasileiro, refletindo a diversidade do país. De acordo com dados do MGI, os inscritos vieram de quase todos os municípios do Brasil, com exceção de apenas dez cidades. Quando perguntada sobre o impacto do adiamento do concurso na alta taxa de abstenção, a ministra disse que não foi significativo. Ela explicou que a mudança de data pode ter influenciado algumas pessoas, mas permitiram que quem quisesse desistir recebesse o valor da inscrição de volta, e poucas decidiram fazer isso. As provas estavam marcadas para 5 de maio, mas foram adiadas dois dias antes devido às fortes chuvas que afetaram quase todos os municípios do Rio Grande do Sul.
Sobre a realização do concurso, a ministra mencionou que não houve grandes problemas, com apenas 0,2% dos locais registrando ocorrências. “Nada que tenha afetado a prova, só atrasou um pouco”, afirmou. Cerca de 500 candidatos (0,05% do total) foram eliminados por descumprirem regras do edital, como sair da sala levando o caderno de questões.
Ela garantiu que isso não foi um vazamento de provas e destacou a baixa judicialização do concurso. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também comentou que não houve ações judiciais nas últimas 48 horas, ressaltando a segurança na aplicação das provas.
As provas começaram às 9h e terminaram entre 17h30 e 19h, dependendo do bloco escolhido e das necessidades especiais dos candidatos. O caderno de questões seria disponibilizado às 20h no site oficial do CNU, e o gabarito preliminar seria divulgado na terça-feira (20). O resultado final está previsto para 21 de novembro.
Com mais de 2,1 milhões de inscritos, o CNU é a maior seleção de servidores da história e aconteceu em 228 cidades em todos os estados e no Distrito Federal. São oferecidas 6.640 vagas em 21 órgãos federais, sendo esta a primeira vez que um formato único foi utilizado para esse tipo de seleção.
Fonte: Agência Brasil
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