Saúde

PREVENÇÃO

Problemas de visão afetam 23 milhões de crianças em idade escolar no Brasil

Médico alerta: visão é responsável por 80% do aprendizado na infância

Da Redação com informações da Agência Brasil

Segunda - 10/02/2025 às 08:53



Foto: Bruno Peres/Agência Brasil Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas
Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas

Com o retorno às aulas, a saúde ocular das crianças ganha destaque. Estudos indicam que aproximadamente 23 milhões de estudantes brasileiros, entre 4 e 17 anos, enfrentam dificuldades visuais, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Essas condições podem prejudicar o desempenho escolar e a interação social.

A visão é responsável por cerca de 80% do aprendizado infantil. Problemas não detectados podem levar a desinteresse nas atividades escolares e dificuldades de concentração. O estrabismo, conhecido como "olho desviado", é uma condição comum que, se não tratada precocemente, pode resultar em ambliopia ou "olho preguiçoso", comprometendo permanentemente a visão de um dos olhos.

O oftalmologista Álvaro Dantas alerta que dificuldades no aprendizado podem estar relacionadas a problemas oculares, uma vez que a criança pode ter dificuldades para absorver o conhecimento transmitido em sala de aula. Ele também destaca que o estrabismo pode indicar problemas mais graves e requer atenção imediata para evitar complicações como a ambliopia.

Muitas crianças não percebem que têm problemas de visão, pois consideram sua percepção visual normal. Pais e professores devem estar atentos a sinais como:

  • Aproximar-se excessivamente de livros, cadernos e telas;
  • Dificuldade para enxergar o quadro ou copiar conteúdos;
  • Queixas frequentes de dor de cabeça ou cansaço ocular;
  • Lacrimejamento excessivo ou sensibilidade à luz;
  • Desinteresse por atividades que exigem esforço visual, como leitura e desenho;
  • Piscar excessivamente ou esfregar os olhos com frequência.

Ao identificar esses sinais, é fundamental consultar um oftalmologista. O ideal é que a primeira avaliação ocorra no primeiro ano de vida, com acompanhamentos anuais ou conforme orientação médica. Segundo Dantas, a detecção precoce de deficiências visuais é essencial, pois a falta de tratamento pode impedir o desenvolvimento adequado da capacidade visual, especialmente até os 8 anos de idade.

Na adolescência, as consultas podem ser anuais ou bienais, dependendo da saúde ocular do jovem. A miopia progressiva tem se tornado mais comum, exigindo monitoramento regular para prevenir complicações futuras. Medidas preventivas, óculos especiais e colírios podem ajudar a controlar a progressão da miopia, tornando o tratamento mais eficaz.

Garantir a saúde visual das crianças é investir no futuro delas. Crianças que enxergam bem têm melhor desenvolvimento acadêmico e social, evitando frustrações e dificuldades no aprendizado.

Fonte: Agência Brasil

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