![Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas](https://piauihoje.com/uploads/imagens/whatsapp-image-2025-02-10-at-08-34-11-1739187283.jpeg)
Com o retorno às aulas, a saúde ocular das crianças ganha destaque. Estudos indicam que aproximadamente 23 milhões de estudantes brasileiros, entre 4 e 17 anos, enfrentam dificuldades visuais, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Essas condições podem prejudicar o desempenho escolar e a interação social.
A visão é responsável por cerca de 80% do aprendizado infantil. Problemas não detectados podem levar a desinteresse nas atividades escolares e dificuldades de concentração. O estrabismo, conhecido como "olho desviado", é uma condição comum que, se não tratada precocemente, pode resultar em ambliopia ou "olho preguiçoso", comprometendo permanentemente a visão de um dos olhos.
O oftalmologista Álvaro Dantas alerta que dificuldades no aprendizado podem estar relacionadas a problemas oculares, uma vez que a criança pode ter dificuldades para absorver o conhecimento transmitido em sala de aula. Ele também destaca que o estrabismo pode indicar problemas mais graves e requer atenção imediata para evitar complicações como a ambliopia.
Muitas crianças não percebem que têm problemas de visão, pois consideram sua percepção visual normal. Pais e professores devem estar atentos a sinais como:
- Aproximar-se excessivamente de livros, cadernos e telas;
- Dificuldade para enxergar o quadro ou copiar conteúdos;
- Queixas frequentes de dor de cabeça ou cansaço ocular;
- Lacrimejamento excessivo ou sensibilidade à luz;
- Desinteresse por atividades que exigem esforço visual, como leitura e desenho;
- Piscar excessivamente ou esfregar os olhos com frequência.
Ao identificar esses sinais, é fundamental consultar um oftalmologista. O ideal é que a primeira avaliação ocorra no primeiro ano de vida, com acompanhamentos anuais ou conforme orientação médica. Segundo Dantas, a detecção precoce de deficiências visuais é essencial, pois a falta de tratamento pode impedir o desenvolvimento adequado da capacidade visual, especialmente até os 8 anos de idade.
Na adolescência, as consultas podem ser anuais ou bienais, dependendo da saúde ocular do jovem. A miopia progressiva tem se tornado mais comum, exigindo monitoramento regular para prevenir complicações futuras. Medidas preventivas, óculos especiais e colírios podem ajudar a controlar a progressão da miopia, tornando o tratamento mais eficaz.
Garantir a saúde visual das crianças é investir no futuro delas. Crianças que enxergam bem têm melhor desenvolvimento acadêmico e social, evitando frustrações e dificuldades no aprendizado.
Fonte: Agência Brasil