Saúde

Oftalmologista explica como a varíola dos macacos pode afetar os olhos

Walda Eulálio Santos orienta as pessoas a observarem as manifestações clínicas de ordem oftalmológica

Da Redação

Quinta - 11/08/2022 às 12:08



Foto: Divulgação Médica oftalmologista Walda Eulálio Santos
Médica oftalmologista Walda Eulálio Santos

Com o crescimento de notificações sobre a varíola dos macacos no Piauí, a médica oftalmologista Walda Eulálio Santos, especialista em retina, alerta sobre as manifestações clínicas oftalmológicas provocadas pela doença.

De acordo com a especialista, é preciso observar com atenção alguns sintomas. “A varíola dos macacos pode ser um  perigo para a saúde ocular. As lesões podem se concentrar tanto na região da pálpebra como também na conjuntiva”, revela.
Outro fator de risco da doença, que é transmitida do macaco para os seres humanos, que também se infectam entre si, é a chamada úlcera de córnea. “Isso pode deixar a visão embaçada. Nestes casos, a automedicação pode ser perigosa, por isso o ideal é buscar orientação médica”, acrescenta.Úlcera de córnea/Foto: Tua Saúde


A varíola dos macacos inicia com um quadro de dores no corpo, cabeça e febre. Em cinco dias evolui para o quadro clássico de feridas com pus espalhadas pela pele, sobretudo nos membros e órgãos genitais, as chamadas póstulas. O tratamento é feito de acordo com os sintomas e o período de incubação pode ser de até 12 dias, em média.

Para prevenir a doença, é necessário adotar algumas medidas simples. “Lavar as mãos com frequência, manter os olhos lubrificados e evitar levar as mãos aos olhos evitam esse tipo de complicação”, finaliza Walda Eulálio Santos.

Tempo seco também prejudica os olhos

Agosto trouxe ao Piauí ventos, altas temperaturas e o período mais seco do ano, com umidade do ar que pode chegar a valores inferiores a 20%, o que lembra um deserto. Isso também pode prejudicar os olhos. Dra. Walda Eulálio Santos/ Foto: Divulgação


Walda Eulálio Santos, oftalmologista, lembra dos cuidados necessários. “O tempo seco pode prejudicar pacientes que já tenham histórico de olho seco. Isso porque a redução da umidade relativa do ar também afeta os tecidos moles, como as mucosas e a própria esclera ocular. Isso pode desencadear em uma coceira, que pode levar até a um caso de conjuntivite alérgica. O ideal é caprichar na hidratação e optar por umidificadores de ar, por exemplo", explica.

O olho quando fica muito seco ele fica mais vulnerável a agressões externas, além de mais fragilizado. “É importante o acompanhamento oftalmológico porque o médico pode prescrever colírios que atenuem essa situação. O importante é que não aconteça automedicação. Quem passa muito tempo em frente a computadores também pode sofrer mais com este tipo de problema", finaliza.

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