Saúde

ALERTA

Calor e umidade favorecem aparecimento do potó; veja dicas para amenizar queimaduras

Especialista alerta para os sintomas causados pelo contato com o inseto e indica o que fazer imediatamente

Lília Ferreira (*)

Sábado - 02/08/2025 às 11:25



Foto: Inaturalist Inseto paederus irritans, mais conhecido como
Inseto paederus irritans, mais conhecido como "potó"

Com o aumento das temperaturas e a alta umidade no Nordeste, cresce a incidência do potó, um pequeno besouro vermelho e preto capaz de causar queimaduras químicas de até segundo grau na pele. O problema ocorre quando o inseto é esmagado acidentalmente, liberando uma toxina chamada pederina.

Pensando nisso, o portal Piauí Hoje procurou a dermatologista Fernanda Ayres, que esclarece como identificar os sintomas, o que fazer após o contato e as principais orientações para evitar complicações.

Apesar de sua aparência, o potó não pica nem morde. "Na grande maioria das vezes o contato é acidental, ele não morde, não pica, nada disso. Mas aí quando ele tá na pele e por alguma situação, por algum movimento ele é esmagado, então geralmente é um contato acidental, ele vai liberar uma substância que é tóxica chamada pederina, que é essa substância, ela vai provocar uma irritação, uma espécie de queimadura química na pele", explica a médica.

Os sintomas incluem ardência, vermelhidão, bolhas e inchaço, que podem variar conforme a extensão e a área afetada. "Como essa substância é uma substância tóxica, os principais sintomas que o paciente vai sentir é aquela ardência, sensação de ardor, de queimação, podendo surgir lesões mais avermelhadas, bolhas e inchaço, dependendo do tamanho, da extensão e da localização onde esse contato foi feito", detalha Fernanda.

Em caso de contato com o potó, a principal orientação é lavar imediatamente o local afetado com bastante água corrente, podendo usar sabão neutro. "O que a pessoa tem que fazer exatamente após perceber esse contato é lavar, lavar bastante, mesmo com água corrente, na área onde ocorreu o contato. Pode até usar um sabão neutro. Se notar que a pele já ficou avermelhada ou surgiram bolhas, pode ser indicado o uso de corticoide leve ou pomada cicatrizante. Nos casos graves, é fundamental procurar um dermatologista", orienta a especialista.

A médica alerta também para os erros comuns no tratamento caseiro. "Principais erros que as pessoas cometem ao tratar essas lesões em casa é justamente porque, na hora que vê a lesão, existe, às vezes, uma crença de usar produtos como pasta de dente, que aí, às vezes, acaba irritando. Então, vai potencializar o efeito dessa queimadura química, que, na verdade, às vezes, pode acabar piorando ao invés de melhorar."

Quanto à prevenção, Fernanda destaca que não há forma específica para evitar o contato, mas recomenda medidas para reduzir o risco da presença do inseto em ambientes internos. 

Não tem exatamente uma forma específica de prevenir esse contato, porque você deve ter, como nessa época do ano, que é o ambiente mais quente, mais úmido, é evitar que eles acabem adentrando dentro de casa. Fechar janelas, não deixar as luzes acesas, desnecessariamente, porque eles são atraídos pela luz. E aí, sempre que for dormir, conferir as colchas de cama e os lençóis para ver se não há nenhum inseto escondido e evitar esse tipo de contato durante a noite.

(*) Lília Ferreira é estagiária sob supervisão da jornalista Nayrana Meireles -DRT 0002326/PI

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