Foto: Lula Marques e Ricardo Stuckert
Sérgio Moro e Lula
A prisão de Lula rendeu muitos dividendos aos que fizeram o "trabalho sujo". Em 2019, o juiz Sérgio Moro deixou a toga e foi nomeado Jair Bolsonaro para chefiar o superministério da Justiça e Segurança Pública, dado a Moro como pagamento por ele ter tirado Lula da disputa.
O então todo-poderoso Sérgio Moro, no entanto, só ficou pouco mais de um ano no cargo. Em 24 de abril de 2020 ele deixou o cargo acusando o então presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal para evitar investigações contra familiares e amigos do Clã Bolsonaro.
Como não esquece seu caráter oportunista, Sérgio Moro, em 2022, se reaproximou e virou conselheiro de Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Considerou ser uma boa oportunidade para alavancar sua própria campanha em busca de uma vaga no Senado.
Atualmente o ex-juiz Sérgio Moro, senador do Paraná pelo União Brasil, enfrenta processo na Justiça Eleitoral acusado de abuso do poder econômico na eleição de 2022. Neste processo, Moro corre o risco de ser cassado, a exemplo do que ocorreu com o parceiro dele na Lava Jato, o ex procurador Deltan Dallagnol, que foi eleito deputado federal também pelo União Brasil, no Paraná, mas teve o mandato cassado por corrupção eleitoral.
No dia 8 de novembro de 2019, Lula deixou a prisão em Curitib por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi preso em 7 de abril de 2018 e ficou 580 dias nas dependências da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná.
Ao decidir pela liberdade, o STF entendeu que a prisão foi ilegal e considerou o juiz Moro suspeito e parcial. Com isso, Lula, além da liberdade, reconquistossou seus direitos políticos, tornando-se novamente elegível, e voltou a ser candidato e se elegeu presidente do Brasil pela terceira vez.
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