Política

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Hugo Motta envia pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro ao Conselho de Ética

Eduardo Bolsonaro é investigado por obstrução à Justiça e coação no curso de processo judicial no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF)

Da Redação

Sábado - 16/08/2025 às 09:02



Foto: Reprodução: Eduardo Camargo/ Agência Brasil Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou nesta sexta-feira (15) ao Conselho de Ética 20 pedidos de abertura de processos por quebra de decoro parlamentar contra 11 deputados, incluindo quatro solicitações de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Eduardo Bolsonaro é investigado por obstrução à Justiça e coação no curso de processo judicial no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar se licenciou do cargo e está nos Estados Unidos, de onde passou a defender sanções contra a economia brasileira e autoridades do país. Segundo o PT, ele atentou contra a soberania nacional ao articular “sanções ao Brasil” em três representações do partido e uma do PSOL.

“O representado, em total dissintonia com a realidade, atentando contra os interesses nacionais, patrocina, em Estado estrangeiro, retaliações contra o seu próprio país e também contra um dos integrantes do Supremo Tribunal Federal”, diz a representação do PT.

O partido sustenta que as ações de Eduardo Bolsonaro buscam coagir ou intimidar membros do Judiciário, em especial o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal contra Jair Bolsonaro e do inquérito da tentativa de golpe de Estado.

O deputado, no entanto, se diz perseguido político, afirmando que a revisão das sanções dos EUA dependeria de “anistia geral e irrestrita” a todos os condenados pela tentativa de golpe de 2022. Sobre a pauta da anistia, Hugo Motta afirmou:

“Não há ambiente na Casa para uma anistia ampla, geral e irrestrita.”

O ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar a tentativa de golpe de Estado, com planos que incluíam matar e prender autoridades. O STF marcou o julgamento para o dia 2 de setembro.

Fonte: Agência Brasil

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