Política

DISPUTA

Ciro Nogueira surta nas redes sociais com racha da direita na escolha do candidato em 2026

Senador piauiense Ciro Nogueira deu chilique após ser taxado de "oportunista" por aliados de Eduardo Bolsonaro

Da Redação

Sexta - 26/09/2025 às 17:06



Foto: Reprodução/internet Senador Ciro Nogueira
Senador Ciro Nogueira

Alvo de ataques do grupo mais radicalizado da ultradireita, comandando por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o presidente do PP e Senador do Piauí, Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL), deu um chilique nas redes sociais nesta sexta-feira (26) após Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) ameaçar desistir de ser o candidato anti-Lula da Terceira Via em 2026.

"Já está passando de todos os limites a falta de bom senso na Direita, digo aqui a centro direita, a própria direita e seu extremo. Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez. Por mais que tenhamos divergências, não podemos ser cabo eleitoral de Lula, do PT e do PSOL. Não podemos fazer isso com o Brasil", surtou Nogueira.

Líder da federação PP - União Brasil, que controla a maior bancada com 109 deputados na Câmara, Nogueira é um dos principais articuladores do acordo para Bolsonaro apoiar Tarcísio em troca de um abrandamento da pena de 27 anos e 3 meses por meio do PL da Dosimetria - um substituto à anistia. No entanto, Nogueira busca se cacifar para ser vice de Tarcísio na chapa, deixando de fora a proposta inicial de Bolsonaro, de incluir alguém do clã.

A manobra nos bastidores irritou Eduardo Bolsonaro e os irmãos, Flávio e Carlos, que incitaram aliados a desferir ataques contra aqueles que classficiam como "oportunistas", que só querem os votos do clã, tendo Nogueira e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, à frente.

Os recados foram pulverizados pela mídia liberal nesta sexta-feira (26). Em reportagem na Folha, "aliados" de Eduardo Bolsonaro abriram fogo contra Nogueira, afirmando que ele "está hipnotizado" com a possibilidade de ser candidato a vice de Tarcísio".

Em meio à disputa, o governador paulista também mandou mensagens por meio de colunista da Globo, ameaçando pular fora da disputa caso Eduardo siga "fragmentando" a direita com os ataques dos EUA ao lado de Paulo Figueiredo.

Bolsonaro, que quer o acordo para tentar evitar que deixe a prisão domiciliar, na mansão alugada pelo PL, rumo ao Complexo Penitenciário da Papuda, chegou a mandar aos EUA o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), braço político de Silas Malafaia, para amansar o filho. Eduardo, acusado de coação pela conspirata nos EUA, está impedido de falar com o pai.

No entanto, após reunião com o Eduardo e Figueiredo nesta quinta-feira, Cavalcante confessou que não conseguiu convencê-los de baixar a guarda. Indagado por Andreia Sadi, da Globo, se Eduardo teria aceitado a "dosimetria", que reduziria a pena do pai, o garoto de recados de Bolsonaro e Malafaia foi incisivo: “isso sem chance".

Fonte: Revista Fórum

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