Política

SESSÃO RELÂMPAGO

Câmara adia instalação de CPI que investiga dívidas da Prefeitura por falta de quórum

Vereadores não foram trabalhar e sessão plenária durou apenas 15 segundos

Da Redação

Quarta - 28/05/2025 às 11:45



Foto: Roberto Araujo Plenário da Câmara Municipal de Teresina
Plenário da Câmara Municipal de Teresina

A Câmara Municipal adiou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará o rombo de R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura de Teresina, após uma sessão relâmpago de apenas 15 segundos. O motivo: ausência de quórum.

A rápida reunião contou com a presença de apenas quatro vereadores: Draga Alana (PSD), Fernando Lima (PDT), Zé Filho (PSD) e o presidente da Casa, Enzo Samuel (PDT), que abriu e encerrou os trabalhos no plenário.

“Precisa ter um quórum para o início da sessão, para a ordem do dia. O que fizemos foi cumprir o regimento. Eu estou aqui, abri a sessão e fiz minha parte. É preciso que cada um conheça o regimento”, disse Enzo à imprensa, negando qualquer relação entre o esvaziamento da sessão e o processo de instalação da CPI.

A expectativa era de que os membros da comissão fossem indicados ainda nesta quarta, após consenso entre os parlamentares. Com o apoio de 13 dos 29 vereadores da Câmara, número suficiente para a abertura do inquérito, o requerimento da CPI foi protocolado na terça-feira (27).

Segundo o autor da proposta, vereador Dudu Borges (PT), o objetivo é investigar a origem da dívida bilionária da Prefeitura de Teresina, além de possíveis ilegalidades em contratos, operações financeiras e falhas administrativas.

“Essa luta é por transparência, responsabilidade e respeito com o dinheiro do povo. Vamos buscar respostas, apontar soluções e, se necessário, responsabilizar quem causou esse rombo”, declarou Dudu.

Para ele, a atual gestão tem feito uma “narrativa confusa e alarmista” sobre as finanças municipais. “O povo de Teresina não quer saber do que ficou para trás. A gestão é a mesma, o CNPJ é o mesmo. O que eles precisam é administrar e resolver os problemas que afetam diretamente a população”, criticou o parlamentar.

Rombo

O rombo, inicialmente anunciado pelo prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) como sendo de R$ 1 bilhão, foi elevado dias depois para R$ 3 bilhões. A CPI, caso instalada, deve apurar como essa dívida foi formada e como ela impacta áreas como saúde, educação, transporte público e assistência social.

A previsão é que os trabalhos da CPI comecem formalmente em até 15 dias, com a eleição de presidente, relator e demais membros. O prazo máximo de funcionamento é de 180 dias.

Enquanto isso, problemas básicos seguem afetando a capital. Segundo Dudu, faltam insumos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), medicamentos nas unidades básicas de saúde e há acúmulo de lixo e mato em bairros da cidade, além das paralisações no sistema de transporte coletivo.

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