O ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado na manhã deste domingo (17) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reuniu 18,3 mil pessoas, segundo dados do Monitor do Debate Público do Meio Digital, uma parceria entre o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e a ONG More in Common. A manifestação teve como tema a defesa da anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro, e contou com a presença de aliados políticos do ex-presidente, incluindo os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), além do pastor Silas Malafaia e dos filhos de Bolsonaro, Carlos e Flávio.
O número de participantes ficou significativamente abaixo da expectativa de Bolsonaro, que havia previsto a presença de 500 mil pessoas, chegando a declarar em suas redes sociais que esperava um milhão de manifestantes no evento. O levantamento revelou que o ato deste domingo teve menos da metade do público do evento realizado em abril de 2024, que contou com aproximadamente 33 mil participantes no mesmo local.
A metodologia para o cálculo da presença foi realizada através de fotos aéreas capturadas em diferentes horários e analisadas com software de inteligência artificial. O ponto máximo de público foi registrado às 12h, com 18,3 mil pessoas no local. O método utilizado, que conta com uma margem de erro de 12%, foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Chequião e da empresa Tencent, e se mostrou eficaz para contar pessoas em grandes concentrações.
O evento foi o quarto organizado por Bolsonaro desde que deixou a presidência. A manifestação também teve o apoio de figuras políticas como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Os organizadores usaram o ato como uma plataforma para chamar atenção para a política de anistia e para fortalecer a base bolsonarista, enquanto continuam a pressionar o governo atual em temas relacionados à democracia e ao período pós-eleições de 2022.
Para o próximo evento, convocado para o dia 6 de abril em São Paulo, Bolsonaro e seus aliados esperam atrair um público significativo, embora as previsões de público permaneçam em um cenário incerto.
Fonte: UOL
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