
Na zona rural leste de Teresina, o acúmulo de lixo nas proximidades do povoado Soinho se transformou em um problema crônico, sem solução há anos. O lixão, localizado à margem da estrada que dá acesso a outros povoados como Cacimba Velha e Tapuia, voltou a crescer drasticamente nos últimos dias, causando indignação entre os moradores.
A situação, que já era grave na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa, persiste oito meses após o início da administração do atual prefeito, Silvio Mendes, evidenciando a falta de ação efetiva do poder público municipal para solucionar o problema.
De acordo com relatos dos moradores, o volume de lixo no local praticamente dobrou recentemente, com descarte irregular de resíduos, incluindo animais mortos e materiais orgânicos em decomposição. "É muita sujeira. Jogam de tudo lá: bichos de toda espécie, restos de animais, atraindo urubus e criando um foco de doenças", denuncia uma dona de casa moradora do Soinho.
A infestação de ratos, insetos e o mau cheiro constante têm tornado a vida dos moradores insuportável, além de representar riscos sérios à saúde pública.
Descaso do poder público
O problema não é novo. Há anos, os moradores reclamam da ausência de um serviço regular de coleta de lixo na região. Em um breve período, a Prefeitura de Teresina instalou contêineres para armazenamento dos resíduos, mas a iniciativa foi abandonada. "A empresa responsável pela coleta não cumpre o serviço, e a Prefeitura não fiscaliza. O lixão só cresce porque não há alternativa", diz um comerciante conhecido como Louro no povoado Soinho.
A falta de saneamento básico adequado agrava a situação, refletindo um descaso histórico das gestões municipais. Enquanto o lixão se expande, a população local fica exposta a doenças como leptospirose, dengue e infecções respiratórias devido à poluição do ar.
Apesar das mudanças de governo, o problema persiste. Durante a gestão de Dr. Pessoa, o lixão já era uma questão recorrente, e agora, sob o comando de Silvio Mendes, a situação permanece sem solução. A ineficiência no gerenciamento de resíduos sólidos em Teresina revela uma falha estrutural na administração pública, que não prioriza a saúde e o bem-estar da população mais vulnerável.
Diante desse descaso, moradores cobram ações imediatas, como a retomada da coleta regular, a instalação de novos contêineres e campanhas de conscientização para evitar o descarte irregular do lixo em local inadequado. Enquanto isso não acontece, o lixão continua a crescer, simbolizando o abandono do poder municipal em relação às áreas rurais da capital.
