
Teresina (PI) – A empresária Dayslhe Kalliane Lima Alcântara, de 42 anos, foi presa na tarde desta terça-feira (6), na zona Norte de Teresina, acusada de comandar um esquema de fraude que causou um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão. Mãe de três filhos, um deles menor, ela é investigada por aplicar golpes envolvendo agiotas e a venda irregular de veículos, deixando 36 vítimas.
Segundo o delegado Sebastião Alves de Alencar Neto, responsável pelo caso, a empresária recebia carros de clientes com a promessa de revendê-los, mas repassava os veículos a terceiros sem entregar o dinheiro aos proprietários. Além disso, ela não realizava a transferência dos automóveis, o que agravou as consequências para as vítimas.
Esquema de pirâmide e agiotas
Em depoimento, Dayslhe admitiu ter participado de um esquema de pirâmide financeira, usando recursos de novos clientes para quitar dívidas com agiotas. "Ela declarou que tirava de um para cobrir outro, até que a situação fugiu do controle. Virou uma bola de neve", explicou o delegado. A empresária, no entanto, não revelou os nomes dos outros envolvidos.
A Polícia Civil e o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) estão rastreando contas bancárias e bens da acusada para identificar patrimônios que possam ser usados para indenizar as vítimas. Há ainda uma busca ativa pelos veículos vinculados ao golpe.
A empresária, que mora no bairro Cabral, zona Norte de Teresina, tentou evitar a prisão indo para São Luís (MA), mas foi detida ao retornar à casa dos pais. Apesar de contar com a ajuda de funcionários, as investigações apontam que ela centralizava todas as decisões da operação fraudulenta. Por enquanto, apenas Dayslhe teve a prisão preventiva decretada.
O caso está sendo investigado desde dezembro do ano passado (2024)e segue em investigação, e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.