Polícia

FEMINICÍDIO

Motorista de aplicativo ajuda polícia a esclarecer assassinato de pernambucana em Teresina

Depoimento de motorista ajudou polícia a identificar suspeitos e esclarecer o feminicídio

Segunda - 08/12/2025 às 15:22



Foto: Reprodução Emilly Yassmyn Silva Oliveira
Emilly Yassmyn Silva Oliveira

 A investigação sobre o feminicídio de Emilly Yassmyn Silva Oliveira, 24 anos, ganhou velocidade após a polícia localizar o motorista de aplicativo que levou a jovem aos últimos endereços antes do desaparecimento. Emilly, que morava em Petrolina (PE), foi encontrada morta no último sábado (6) em uma área de mata na Estrada da Alegria, zona Sul de Teresina.

 De acordo com o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o motorista foi encontrado depois de vários dias de diligências para reconstruir o trajeto da vítima. Ele contou aos investigadores que, na madrugada do desaparecimento, a jovem havia atendido dois chamados para programas, um na região do Dirceu e outro na zona Sul. Mesmo alertada sobre o risco da área, ela decidiu seguir porque o valor combinado seria alto.

O motorista explicou ainda que, ao chegar ao endereço indicado, não encontrou ninguém esperando. Em seguida, recebeu nova orientação para seguir para outra casa na mesma rua, onde dois homens apareceram diante do veículo. Emilly desceu afirmando que eles pagariam pela corrida. Um dos suspeitos acompanhou o motorista até sua residência, mas alegou não ter dinheiro para pagar.

A partir das informações prestadas por ele, a polícia chegou ao dono do imóvel, Carlos Roberto da Silva Sousa, que contou que a jovem havia ficado com o vizinho, Hilton Candeira Carvalho. Hilton foi localizado e, após contradições, confessou ter discutido com a vítima por causa do pagamento do programa. Disse também que tentou oferecer apenas uma parte do valor e que a recusa da jovem teria gerado a briga.

Segundo a polícia, o suspeito admitiu que matou a jovem por estrangulamento, usando primeiro um golpe “mata-leão” e depois um fio. O corpo foi levado para uma área de mata cerca de 10 km ao sul de Teresina, onde os acusados atearam fogo para ocultar o crime. Ele levou a equipe ao local durante a reconstituição.

Hilton e Carlos Roberto foram conduzidos ao DHPP e autuados por feminicídio qualificado e ocultação de cadáver. No domingo (7), durante a audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão preventiva dos dois. A polícia deve concluir o inquérito nos próximos dias.

Fonte: g1 piaui

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