Foto: Divulgação
Fábio Abreu e delegado Lucy Keiko falam sobre o assunto com a imprensa
A Polícia Civil do Piauí deflagrou a Operação Sanitatem no estado de São Paulo na manhã desta terça-feira (17). A investigação iniciou a partir da denúncia de um hospital do Piauí sobre a distribuição de medicamentos falsos para tratar câncer no estomago e intestino. Ao todo, três homens e duas mulheres que comercializavam os medicamentos falsos foram presos.
Quatro presos são empresários e um é farmacêutico. A investigação começou no Piauí após um paciente reclamar que não sentia os efeitos colaterais do medicamento. O hospital, que não teve o nome divulgado, suspendeu o remédio e passou a questionar o laboratório. O laboratório comunicou que o lote mencionado pelo hospital não fazia parte da linha de produção original e que nunca tinha vendido o medicamento para a empresa revendedora de São Paulo.
Foi apurado que a quadrilha vendia o medicamento para todo o país com notas fiscais falsas. A operação foi uma ação conjunta das polícias do Piauí, Goiás e de São Paulo.
"Iniciou no Piauí com essa venda de medicamentos falsificados e se expandiu para outros estados, inclusive o Goiás já tem homicídio confirmado em função dessa medicação. Agora com essas prisões e apreensão do material, nós vamos ter uma noção mais ampla de quais eram os locais, hospitais e cidades que essa quadrilha estava agindo. A quadrilha tinha pretensão de exportar esses medicamentos para fora do país", disse o secretário de Segurança, Fábio Abreu.
Agora, a Polícia tenta descobrir onde os medicamentos eram produzidos. Fábio Abreu disse ainda que a quadrilha colocava uma espécie de vitamina no lugar da substância que deveria conter no medicamento.
"É uma crueldade! Uma pessoa que já está com uma doença tão grave e na esperança de minimizar a situação, além de gastos elevados, pois são medicamentos com preços elevadíssimos. É uma quadrilha que tem que ser enquadrada no crime hediondo e vamos continuar as buscas para incriminá-los mais ainda pelo o que fizeram.
Todas as prisões são temporárias e os presos serão ouvidos no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles devem responder por comercialização de medicamento falsificado, que é considerado crime hediondo, e por associação criminosa.
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