A investigação da Operação Macondo, deflagrada nesta terça-feira (11) pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), revelou um cenário de extrema violência e intimidação contra pequenos comerciantes em diversos municípios do estado. O grupo criminoso, formado principalmente por estrangeiros da Colômbia e da Venezuela, é suspeito de agiotagem, lavagem de dinheiro e de impor um regime de terror às vítimas que não conseguiam pagar as dívidas.
Segundo a Polícia Civil do Piauí, os investigados utilizavam ameaças, perseguições e agressões físicas e psicológicas para cobrar os empréstimos concedidos de forma irregular. Em alguns casos, as vítimas tiveram mercadorias destruídas e familiares ameaçados. Há registros de desaparecimentos e até suicídios atribuídos à pressão e ao medo impostos pela quadrilha.
Os empréstimos eram oferecidos de maneira informal, sem contrato e com juros que ultrapassavam 30% ao mês. O grupo prometia dinheiro 'fácil' a comerciantes e autônomos em situação financeira difícil, mas rapidamente transformava a relação em um ciclo de endividamento e violência.
Caderno usado para controle de dívidas foi apreendido / Foto: Polícia Civil
As vítimas viviam sob constante ameaça e algumas até desapareceram, segundo a investigação. O grupo atuava de forma estruturada, impondo medo e sofrimento às famílias.
A Operação Macondo, realizada em Teresina, Parnaíba, Oeiras, Barras, Picos e Água Branca, cumpriu 15 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de R$ 5 milhões em contas ligadas aos suspeitos.
A ação faz parte do Pacto Pela Ordem e foi coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI), com apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP).
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