Economia

INPC subiu apenas 0,09%

Inflação desacelera em outubro com queda na conta de luz e estabilidade nos alimentos

Para os próximos meses, a expectativa é de que a inflação siga controlada, com possível impacto positivo da queda recente no preço da gasolina

Terça - 11/11/2025 às 11:30



Foto: Queda no preço da energia elétrica registrou deflação de 2,39% no mês
Queda no preço da energia elétrica registrou deflação de 2,39% no mês

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu apenas 0,09% em outubro, o menor aumento para o mês desde 1998. O resultado ficou abaixo do esperado por analistas, que previam alta de 0,16%. Em 12 meses, a inflação acumula 4,68%, ainda um pouco acima da meta do Banco Central, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

O principal motivo para a desaceleração foi a queda no preço da energia elétrica, que registrou deflação de 2,39% no mês. Essa redução aconteceu porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mudou a bandeira tarifária vermelha patamar 2, mais cara, para o patamar 1, que cobra um valor menor nas contas de luz.

Os preços de alimentos e bebidas, que têm grande peso no orçamento das famílias, ficaram praticamente estáveis, com alta de apenas 0,01%, após quatro meses seguidos de queda. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bom desempenho da safra agrícola ajudou a manter os preços controlados.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três tiveram queda: artigos de residência (-0,34%), habitação (-0,30%) e comunicação (-0,16%). Por outro lado, roupas, passagens aéreas e alimentação fora de casa ficaram mais caros.

O economista do IBGE Fernando Gonçalves explicou que a alta em serviços, como aluguel e viagens, mostra que há uma pressão de demanda, já que mais pessoas estão empregadas e com renda maior. Para os próximos meses, a expectativa é de que a inflação siga controlada, com possível impacto positivo da queda recente no preço da gasolina, que deve aparecer com mais força nos números de novembro.

Economistas avaliam que, com a inflação mais baixa, o Banco Central pode reduzir a taxa básica de juros (Selic) no início de 2026.

Fonte: Investing.com

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