A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) solicitou a prorrogação do inquérito da Operação Gabinete de Ouro, que investiga Sol Pessoa, ex-chefe de gabinete do ex-prefeito Dr. Pessoa, e mais três pessoas. O grupo é suspeito de crimes como associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro durante a gestão anterior da Prefeitura de Teresina.
O delegado Ferdinando Martins, coordenador do Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Deccor), justificou o pedido devido à necessidade de mais tempo para a análise do vasto material apreendido. "Pedi a prorrogação da investigação porque tinha a necessidade. Tem muito material analisado, muito celular que está chegando aos poucos e está sendo feita a análise do conteúdo, sendo confrontado os dados”, informou.
A investigação começou há quase um ano, após uma denúncia anônima apresentar um dossiê detalhando um suposto esquema de corrupção que envolvia rachadinhas, cobrança de vantagens indevidas e recebimento de propina.
Na primeira fase da operação, além dos mandados de busca e apreensão, os suspeitos foram presos temporariamente por cinco dias. Durante os depoimentos, Sol Pessoa admitiu que recebia "ordens superiores" e que pessoas ligadas ao primeiro escalão da gestão passada poderiam ter sido beneficiadas pelo esquema, mas negou que os recursos fossem para ela própria.
As investigações apontam que ocupantes de cargos estratégicos na Prefeitura utilizavam servidores comissionados e terceirizados como operadores financeiros da empreitada criminosa, que envolvia principalmente construtoras e prestadoras de serviço. A Polícia Civil aponta Sol Pessoa como a responsável pelo controle da movimentação financeira irregular.
As pessoas envolvidas formalmente no esquema são:
Suelene da Cruz Pessoa (Sol Pessoa) – ex-chefe de gabinete do ex-prefeito.
Rafael Thiago – servidor público da Prefeitura.
Mauro José – servidor terceirizado, ex-motorista da gestão.
Marcus Almeida – empresário e ex-servidor terceirizado.
Bloqueio de Bens e Provas
A operação resultou no sequestro de bens, valores e veículos dos investigados. No total, o valor do bloqueio de bens adquiridos ilicitamente atingiu mais de R$ 75 milhões, incluindo um apartamento, um terreno e uma casa de alto padrão.
Fonte: Tv Cidade Verde