O governo de Portugal declarou, nesta terça-feira (17), estado de calamidade nos municípios afetados por incêndios que resultaram em 7 mortes e queimaram milhares de hectares desde o fim de semana passado. A decisão foi tomada durante uma reunião extraordinária do gabinete de ministros, com o objetivo de oferecer “apoio imediato e urgente” às vítimas e garantir a continuidade das operações de combate ao fogo, conforme explicou o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O estado de calamidade permite a adoção de medidas excepcionais em situações de desastres de grande escala, visando a prevenção, resposta e recuperação. Montenegro afirmou que esforços serão feitos para fornecer abrigo e itens essenciais para aqueles que foram obrigados a deixar suas residências, além de apoio financeiro.
O primeiro-ministro também mencionou a possibilidade de recorrer ao Fundo de Solidariedade da União Europeia e enfatizou a necessidade de uma linha dura contra os responsáveis por incêndios criminosos. “Não pouparemos esforços em ações repressivas. Não podemos perdoar aqueles que são imperdoáveis”, destacou, solicitando ao Ministério Público a criação de uma equipe dedicada a investigar incêndios intencionais.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) informou que, desde o último sábado, deteve sete pessoas por incêndios criminosos, enquanto a Polícia Judiciária também realizou várias prisões pelo mesmo motivo. Portugal enfrenta sua pior onda de incêndios deste ano, afetando o norte e o centro do país, e já causou a morte de sete pessoas, incluindo quatro bombeiros.
Fonte: Exame