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CATÁSTROFE

Líbia tem 10 mil pessoas desaparecidas com as tempestades

Somente em Derna, foram recupetarados mil corpos

Da Redação

Terça - 12/09/2023 às 10:38



Foto: Governo da Líbia via Associated Press Foto mostra estrada desmoronada após enchente na Líbia em 11 de setembro de 2023
Foto mostra estrada desmoronada após enchente na Líbia em 11 de setembro de 2023

Somente na cidade de Derna, no Leste da Líbia, foram recuperados mil corpos, nesta terça-feira, 12. A informação é de um ministro do governo local.

“O número de corpos recuperados em Derna é superior a 1.000. Não estou exagerando quando digo que 25% da cidade desapareceu. Muitos, muitos edifícios desabaram (...) Os corpos estão por toda parte - na água, nos vales, sob os edifícios", disse Hichem Chkiouat, ministro da Aviação Civil e também integrante do Comitê de Emergência criado após as enchentes".

Chkiouat afirmou ainda que o número de mortos pode passar de 2,5 mil, à medida que o número de desaparecidos aumenta.

Um representante da Crescente Vermelha, equivalente à Cruz Vermelha nos países de maioria islâmica, afirmou que cerca de 10 mil pessoas estão desaparecidas.

Derna é uma cidade localizada no leste do país e tem cerca de 125 mil habitantes. Ela teve suas ruas tomadas pelas águas, casas inundadas, edifícios destruídos, carros virados e moradores arrastados pela força das águas que também destruíram duas barragens.

A tempestade mediterrânea Daniel que atingiu a Líbia no domingo (10) também afetou as cidades de Benghazi, Sousse, Al Bayda e Al-Marj.

Antes de chegar ao norte da África, a tempestade Daniel levou estragos à Grécia, Turquia e Bulgária. Agora, a tormenta perdeu força e chegou ao Egito, onde autoridades estão em alerta.

A Líbia pediu ajuda internacional para se recuperar da tragédia. Países como os Estados Unidos e a Turquia enviaram aviões com suprimentos para o país africano.

Regime parlamentarista da Líbia

A Líbia vive um regime parlamentarista instituído na cidade de Tripoli, capital do país, sob a chancela de Abdulhamid al-Dbeibah. O governo é consequência de uma revolta popular mobilizada em 2011 com apoio da Otan contra o então líder Muammar Gaddafi.

Isso porque, em 2014, o país se dividiu em duas frentes: uma alinhada à Otan, que é reconhecida internacionalmente, e outra liderada por Osama Hamad, que controla o leste do país.

Em 2021, al-Dbeibah foi escolhido primeiro-ministro com a premissa de realizar novas eleições para todo o país. No entanto, a votação ainda não ocorreu por conta de desentendimentos entre os grupos acerca das regras do pleito.

Fonte: G1

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