
A campanha de arrecadação criada para ajudar o voluntário indonésio Agam Rinjani foi cancelada neste domingo (29). Agam participou das buscas pela brasileira Juliana Marins, que desapareceu no Monte Rinjani e foi encontrada morta dias depois.
O encerramento da vaquinha foi anunciado no Instagram pelos responsáveis: a plataforma Voaa e o perfil Razões Para Acreditar. Segundo eles, o motivo foi o excesso de críticas, ameaças e notícias falsas, que tiraram o foco da campanha.
O total arrecadado foi de R$ 522 mil, que seriam usados para comprar equipamentos de resgate para Agam. Ele liderou uma equipe de voluntários nas buscas por Juliana.
A polêmica começou quando foi divulgado que a Voaa ficaria com 20% do valor, o que representaria mais de R$ 104 mil. Muitos doadores acharam a taxa alta e questionaram a transparência da ação.
Agam, no início, não queria receber dinheiro, pedindo apenas orações. Mas, com a comoção, aceitou a ajuda, que ficou centralizada na Voaa devido às dificuldades para fazer transferências internacionais.
Em nota, os organizadores admitiram falhas na forma de explicar a cobrança, mas disseram que as regras estavam no site desde o começo. Eles explicaram que os 20% são usados para cobrir custos com equipe, produção de conteúdo, checagem das histórias, apoio jurídico e financeiro.
Apesar da explicação, muitos nas redes sociais ficaram revoltados. Alguns disseram que a plataforma preferiu cancelar a ajuda a Agam do que abrir mão da taxa. "Preferem devolver o dinheiro do que realmente ajudar", escreveu um seguidor.
Ao final, Voaa e Razões Para Acreditar reafirmaram seu compromisso com a ética e o impacto social. Pediram desculpas a quem se sentiu ofendido ou enganado e disseram que continuam acreditando no propósito de ajudar pessoas.
O valor arrecadado será devolvido automaticamente aos doadores a partir desta segunda-feira (30), sem necessidade de nenhuma ação por parte deles.
Fonte: Brasil247