A Justiça italiana decidiu nesta quinta-feira (28) manter a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) presa na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, enquanto aguarda o processo de extradição solicitado pelo Brasil. A defesa da parlamentar havia solicitado a conversão da prisão para domiciliar, alegando questões de saúde, mas o tribunal considerou que há "alto perigo de fuga", citando declarações de Zambelli sobre apoio de pessoas influentes que poderiam facilitar sua evasão.
Entenda
A decisão foi tomada após audiência realizada na quarta-feira (27), na qual participaram a defesa de Zambelli e um representante do governo brasileiro. O processo de extradição segue em andamento e está sob análise do Ministério do Interior da Itália, equivalente ao Ministério da Justiça no Brasil.
Zambelli foi presa em Roma no dia 29 de julho, após fugir do Brasil em junho, onde foi condenada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre as polícias brasileira e italiana, com apoio da Interpol.
A defesa de Zambelli argumenta que ela sofre de transtorno depressivo e Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que afeta articulações e tecidos. No entanto, um laudo médico encomendado pela Justiça italiana concluiu que o estado de saúde da deputada é compatível com o regime prisional, não apresentando risco imediato de complicações.
O processo de extradição pode levar meses para ser concluído. Enquanto isso, Zambelli permanece detida em Rebibbia, aguardando a decisão final sobre seu retorno ao Brasil.
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Fonte: CNN
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