
O grupo Hamas afirmou nesta sexta-feira (3) que concorda em libertar todos os reféns israelenses, vivos e mortos, com base nos termos da proposta de cessar-fogo norte-americana. O anúncio sinaliza uma disposição para negociar, mas não representa uma aceitação integral do plano de 20 pontos apresentado por Trump.
Horas antes, Trump havia dado um prazo até as 19h de domingo (5), horário de Brasília, para que o Hamas aceite sua proposta de paz, ameaçando que, caso contrário, o grupo enfrentaria um "inferno total". O presidente dos EUA afirmou que "haverá paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra".
O comunicado do Hamas demonstrou abertura para entregar a administração de Gaza a um órgão palestino independente formado por tecnocratas. No entanto, o grupo deixou claro que outras questões sobre o futuro do território e os direitos do povo palestino precisariam ser discutidas de forma mais ampla, do qual o Hamas pretende fazer parte. Isso indica que pontos cruciais do plano de Trump, como o desarmamento do grupo, ainda são alvo de negociação.
O plano norte-americano, que já conta com a aceitação de Israel, prevê um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns em 72 horas em troca de prisioneiros palestinos, e o desarmamento do Hamas. A proposta também estabelece um governo transitório para Gaza, um Conselho da Paz presidido por Trump, e a posterior transferência do controle para uma Autoridade Palestina reformada, excluindo o Hamas do futuro governo.
Fonte: G1