
A Espanha e a Itália anunciaram nessa quinta-feira (25) que vão intervir diretamente para garantir a segurança da Flotilha Global Sumud (GSF), composta por 50 embarcações que seguem rumo à Faixa de Gaza com alimentos e medicamentos. O comboio humanitário tenta romper o bloqueio imposto por Israel, mas já foi alvo de ataques de drones em águas internacionais.
O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, confirmou o envio de uma segunda fragata ao Mediterrâneo. Segundo ele, um navio já acompanha a flotilha e outro está a caminho.
Crosetto, no entanto, alertou que o país não poderá garantir segurança dentro das águas israelenses e sugeriu que a carga humanitária seja entregue à Igreja Católica para distribuição em Gaza.
Horas depois, a primeira-ministra Giorgia Meloni classificou a ação da flotilha como “perigosa e irresponsável”. Para ela, não há necessidade de “arriscar vidas em uma zona de guerra” quando a ajuda poderia ser entregue de forma oficial por canais diplomáticos.
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que participa da Assembleia Geral da ONU em Nova York, anunciou o envio de um navio de ação a partir do porto de Cartagena.
“O governo da Espanha insiste que o direito internacional seja respeitado e que o direito dos nossos cidadãos de navegar pelo Mediterrâneo em condições seguras seja garantido”, afirmou.
A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, reforçou que a operação é uma “obrigação legal e moral” e que as equipes humanitárias não podem ser deixadas vulneráveis a ataques em águas internacionais.
Escalada de violência
Segundo os organizadores da Flotilha Global Sumud, os ataques com drones israelenses provocaram atrasos. Em comunicado, informaram que as embarcações estão a quatro dias da zona de alto risco e a seis dias de Gaza. Nesta quinta-feira (25), o grupo se juntaria a barcos gregos.
Ativistas relataram que drones e aviões lançaram dispositivos explosivos do tipo flashbang e bloquearam comunicações por rádio, configurando uma escalada de assédio no Mediterrâneo.
ONU pede investigação independente
O Escritório de Direitos Humanos da ONU pediu uma investigação imparcial sobre os ataques.
“Deve haver uma investigação independente, imparcial e completa sobre os ataques e assédios relatados por drones e outros objetos. Qualquer pessoa por trás dessas violações deve ser responsabilizada”, afirmou o porta-voz Thameen Al-Kheetan.
A ONU também expressou preocupação com a segurança de civis a bordo da flotilha e destacou que ações em águas internacionais devem respeitar o direito internacional.
Fonte: Opera Mundi
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