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MELHORES DO MUNDO

Seis pesquisadores piauienses estão no ranking dos mais influentes do mundo em 2024

Dos seis, cinco são da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e um da Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

Da Redação

Terça - 24/09/2024 às 18:46



Foto: Montagem/Piauí Hoje Cientistas piauienses que estão no ranking dos melhores do mundo
Cientistas piauienses que estão no ranking dos melhores do mundo

Os pesquisadores piauienses Ademir Sérgio Ferreira de Araújo (UFPI), Anderson de Oliveira Lobo (UFPI), Edson Cavalcanti da Silva Filho (UFPI), Edvani Curti Muniz (UFPI), Laécio Santos Cavalcante (Uespi) e Paulo Michel Pinheiro Ferreira (UFPI) estão novamente no ranking dos cientistas mais influentes do mundo em 2024, elaborado pela editora Elsevier em colaboração com a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. 

A seleção é parte da 7ª edição do “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators”, que avalia o impacto das citações de artigos publicados em 2023. A lista é composta por 2% dos cientistas com maior influência global, com base nas citações científicas recebidas.

A avaliação utiliza o "c-score", indicador que leva em consideração o impacto das citações com e sem autocitações. Os dados são extraídos da plataforma Scopus, um dos maiores repositórios de artigos científicos revisados por pares, e abrangem 22 campos e 174 subcampos científicos.

Entre os seis pesquisadores, três estão desenvolvendo pesquisas em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e um já desenvolveu projeto em parceria com a fundação, destacando a importância da pesquisa local no cenário internacional.

O pesquisador Edson Cavalcanti pela terceira vez integra o ranking mundial. Ele expressou a emoção de estar entre os cientistas mais influentes do mundo. Cavalcanti, que atualmente tem duas importantes pesquisas apoiadas pela Fapepi, compartilhou o orgulho e a importância desse reconhecimento.

Professor Edson Cavalcanti / Foto: UFPI

"Eu me sinto muito feliz, honrado e realizado. Daqui a 15 dias completo 18 anos de UFPI. Então, isso é um reconhecimento de todo o trabalho dedicado e de todo o auxílio financeiro que recebi da Fapepi e outras agências de fomento como CNPq, Capes e Finep. Essas quatro agências, em especial a Fapepi, têm nos auxiliado para que a gente continue desenvolvendo, mudando a realidade e divulgando o nome da nossa instituição e do estado em todos os locais do mundo. Considerando a repercussão, os trabalhos que a gente têm desenvolvido no Brasil, no Piauí mais especificamente, têm sido reconhecidos em todo o mundo", destacou o professor.


Cavalcanti é responsável por projetos inovadores como o “Sistemas antimicrobianos obtidos a partir da incorporação de óleo essencial em argilominerais do estado do Piauí” e “Do semiárido para o semiárido: desenvolvimento biotecnológico de hidrogéis superabsorventes provenientes de fontes vegetais para uso eficiente de água e de nutrientes”.

Esses projetos são de suma importância para o desenvolvimento de novas tecnologias aplicáveis à saúde e agricultura, contribuindo diretamente para a melhoria das condições do semiárido piauiense. Com o apoio da Fapepi, as pesquisas do professor têm conseguido destaque internacional.

Também integra a lista de Stanford Ademir Sérgio Ferreira de Araújo com diversas iniciativas vinculadas à Fapepi, todas voltadas para o enfrentamento de desafios ambientais no semiárido.

Professor Ademir Sérgio / Foto: UFPI

A pesquisa “Revegetação como estratégia de recuperação da biodiversidade em Unidades de Recuperação de Áreas Degradadas e Redução da Vulnerabilidade Climática (URAD) no semiárido piauiense” tem como objetivo restaurar áreas degradadas, ao mesmo tempo em que combate os efeitos das mudanças climáticas. 

Outros projetos financiados pela fundação, “Tecnologia sustentável para o semiárido piauiense: uso de bactérias promotoras de crescimento para otimizar o desenvolvimento, fisiologia e produtividade de plantas de palma forrageira” e “Potencial uso do hidrogel para veiculação de estirpes de bactérias como inoculantes na promoção do desenvolvimento e produtividade da cana de açúcar”, investigam o uso de soluções biológicas para aumentar a produtividade agrícola em regiões áridas, destacando-se como um avanço tecnológico relevante para o setor agropecuário.

Financiados em parceria com a Fapepi, esses projetos apresentam soluções que também podem ser aplicadas em outras regiões do Brasil e do mundo que enfrentam desafios semelhantes ao Piauí.

Atividade de coleta e recuperação de solo em Santo Antônio Lisboa.(Imagem:Divulgação)

Ainda na lista dos mais influentes está Paulo Michel Pinheiro Ferreira que conta com o apoio da Fapepi em uma iniciativa voltada para o desenvolvimento de fitoterápicos. No projeto “Propriedades terapêuticas contra doenças crônicas e formulação fitoterápica de uma preparação oral rica em diterpenos clerodânicos da planta Casearia sylvestris“, Ferreira investiga compostos naturais com potencial para o tratamento de doenças crônicas.

Professor Paulo Michel, ao centro, e integrantes do LabCancer.(Imagem:UFPI)

Professor Paulo Michel, ao centro, e integrantes do LabCancer.

Ao financiar essa pesquisa, a Fundação fortalece a biotecnologia no estado e amplia o alcance das soluções naturais para a saúde. 

Outro nome de destaque no ranking de Stanford é Laécio Santos Cavalcante que participou de um projeto de Desenvolvimento Científico e Regional (DCR), em parceria com a Fapepi, realizado na UFPI em 2013. Sua pesquisa contribuiu para o avanço do conhecimento em química e desenvolvimento regional.

O apoio contínuo a iniciativas como essas, posiciona o Piauí como um celeiro de inovação científica, capaz de produzir conhecimento com impacto global e melhorar a qualidade de vida da população local.

Fapepi: um agente transformador no cenário científico do Piauí

O apoio da Fapepi a esses projetos, além de contribuir para o desenvolvimento científico no estado, também impulsiona o reconhecimento global da ciência produzida no Piauí. Com investimentos em pesquisas estratégicas que abordam problemas locais, como a escassez de água e a degradação ambiental, a fundação cumpre um papel essencial no desenvolvimento de soluções que têm impacto tanto regional quanto global.

A lista é composta por 2% dos cientistas com maior influência global.(Imagem:Divulgação)

A inclusão de pesquisadores piauienses no ranking global demonstra que a ciência desenvolvida com apoio da Fapepi é de relevância internacional, oferecendo respostas para desafios que afetam populações de regiões áridas e semiáridas em todo o mundo. Além de promover a inovação, a fundação colabora para que o Piauí seja visto como um polo de produção científica de ponta, com impacto direto no bem-estar social e no desenvolvimento sustentável.

Com a continuidade desse suporte, a Fapepi reafirma sua missão de promover a ciência e a inovação, garantindo que o conhecimento gerado no estado tenha alcance global e contribua para o enfrentamento de grandes desafios da humanidade.

Fonte: Com informações da Fapepi

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