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INVESTIGAÇÃO

Perícia digital: como os áudios do WhatsApp de Bolsonaro foram recuperados

Mensagens de voz do ex-presidente foram incluídas no inquérito da Polícia Federal

Da Redação

Sexta - 22/08/2025 às 15:02



Foto: Reprodução Recurso de apagar mensagens do WhatsApp (imagem ilustrativa)
Recurso de apagar mensagens do WhatsApp (imagem ilustrativa)

A investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, que levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, despertou a curiosidade de muita gente, que quer entender é a recuperação de áudios e conversas que haviam sido apagados do celular do político. Esse trabalho, conhecido como perícia forense computacional, utiliza técnicas avançadas para desvendar crimes na era digital.

Como a perícia digital funciona

A perícia digital não se resume a procurar arquivos um por um.  Os departamentos de cibercrimes da polícia utilizam máquinas e programas específicos, fornecidos por empresas de tecnologia. No caso dos celulares, o aparelho é conectado a um equipamento que faz uma "imagem" de todos os dados digitais, uma espécie de ressonância magnética. Essa réplica garante a preservação das provas, permitindo a análise de fotos, vídeos e outros arquivos.

Por que arquivos apagados podem ser recuperados?

Muita gente acredita que um arquivo apagado de um aparelho desaparece para sempre, mas isso não é verdade. Quando um documento, áudio ou vídeo é excluído, ele não some de imediato do disco de memória. Na maioria das vezes, o espaço ocupado por aquele arquivo é apenas marcado como "disponível" para ser reescrito por novos dados.

É por isso que softwares especializados podem reconstituir arquivos apagados. Eles usam técnicas avançadas para localizar as partes do documento original, como se estivessem remontando um quebra-cabeça.

E a criptografia do WhatsApp?

A criptografia de ponta a ponta do WhatsApp protege as mensagens durante o envio, impedindo que elas sejam interceptadas. No entanto, o problema para os investigados surge no armazenamento das mensagens no aparelho.

Uma vez que a mensagem chega ao telefone, o arquivo não está mais criptografado. No caso do pastor Silas Malafaia, por exemplo, ele entregou seu celular e a senha, facilitando o trabalho da PF para extrair os arquivos e, assim, recuperar as conversas.

Fonte: CBN

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