![DeepSeek](https://piauihoje.com/uploads/imagens/whatsapp-image-2025-02-05-at-08-38-00-1738755528.jpeg)
Após receber elogios de especialistas e se tornar um dos modelos de assistentes virtuais mais baixados nas lojas online, a startup chinesa DeepSeek viu suas ações caírem drasticamente e começou a enfrentar desconfiança e resistência em vários países.
Na terça-feira (4), o governo da Austrália anunciou a proibição de uso de produtos e serviços da DeepSeek em computadores e dispositivos móveis do Estado. Com essa medida, os servidores públicos de todos os órgãos governamentais federais, exceto algumas empresas como a Australia Post e a ABC, terão que remover imediatamente qualquer produto da DeepSeek de seus aparelhos.
Segundo aABC, a decisão seguiu as recomendações de agências de segurança e inteligência, que indicaram que a plataforma representava um "risco inaceitável" para o governo australiano, embora não tenham especificado quais seriam esses riscos.
Em 29 de janeiro, a ministra das Comunicações da Austrália, Michelle Rowland, comentou que a questão do armazenamento de informações pessoais pela DeepSeek e outras empresas de tecnologia é uma preocupação para as agências de segurança. Ela afirmou que o governo continuará a monitorar a situação e que outros países tomarão provavelmente medidas semelhantes. A ministra também mencionou que as inovações tecnológicas trazem tanto oportunidades quanto preocupações sobre a privacidade e segurança das pessoas.
Em abril, a Austrália já havia proibido o TikTok em dispositivos governamentais, usando os mesmos argumentos para bloquear a DeepSeek.
Além da Austrália, Itália e Taiwan também proibiram o uso dos produtos da DeepSeek por funcionários públicos em dispositivos do governo. Nos Estados Unidos, organizações como a NASA e o Pentágono seguiram o mesmo caminho, o que revela uma tensão crescente entre a China e os Estados Unidos, onde a DeepSeek compete diretamente com empresas como Google e OpenAI.
A NASA justificou sua decisão alegando que os servidores da DeepSeek operam fora dos Estados Unidos, o que levanta preocupações sobre privacidade e segurança nacional. A autoridade italiana de proteção de dados (GPDP) exigiu que a DeepSeek restrinja o processamento de dados de usuários italianos e iniciou uma investigação sobre a atuação da empresa no país. Já Taiwan destacou a necessidade de proteger a segurança nacional da informação, permitindo o uso do DeepSeek apenas em instituições de ensino e pesquisa, e recomendando que os pesquisadores usem os aplicativos em máquinas sem dados sensíveis ou estratégicos.
Fonte: Agência Brasil