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OPERAÇÃO OMNI

Identificados empresários presos por fraudes envolvendo recursos da Saúde

Os empresários presos na operação OMNI, da Polícia Federal, são ligados à empresa Big Data Health

Da Redação

Terça - 30/09/2025 às 13:13



Foto: Montagem/Piauí Hoje Bruno Santos Leal Campos  e Nemesio Martins de Castro Neto
Bruno Santos Leal Campos e Nemesio Martins de Castro Neto

Os empresários Bruno Santos Leal Campos e o Nemesio Martins de Castro Neto, vinculados à empresa Big Data Health, são os presos na Operação OMNI, deflagrada na manhã desta terça-feira (30) pela Polícia Federal com o objetivo de desarticular esquemas de corrupção e fraudes em contratos da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi).

Bruno Santos Leal Campos também é médico ortopedista e traumatologista. A Big Data Health foi fundada no ano de 2019 e tem sede na Rua Angélica, 1875 - Fatima, zona Leste de Teresina. Bruno é de Picos, filho de um servidor público e tem consultório em vários locais (Brasília, São Paulo).

A operação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU/PI) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE/PI), e resultou no cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Teresina, Timon (MA), Araguaína (TO), Brasília (DF), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Curitiba (PR).

 As investigações revelaram um esquema de fraudes em licitações, desvio de recursos e uso de empresas de fachada que eram utilizadas para beneficiar pessoas ligadas a organizações com contratos com a área da saúde. Segundo o levantamento, há irregularidades na gestão do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, e em contratos relacionados ao fornecimento de softwares de gestão em saúde.

As investigações começaram após denúncias encaminhadas à CGU e ao Ministério Público Federal, indicando favorecimentos em processos de contratação ligados à Sesapi. 

O esquema movimentou valores expressivos, com empresas envolvidas recebendo vantagens indevidas. Entre os crimes investigados estão superfaturamento, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e conflito de interesses em contratos públicos.

Como funcionava o esquema

O esquema operava em várias etapas, envolvendo:

  1. Direcionamento de Licitações: Processos de chamamento público da SESAPI apresentavam restrições que limitavam a participação de concorrentes e indicavam conluio entre organizações sociais de saúde (OSSs), favorecendo uma organização específica.

  2. Superfaturamento de Contratos: Após a contratação, os serviços prestados pelas OSSs eram superfaturados, resultando em desvios significativos de recursos públicos.

  3. Lavagem de Dinheiro: Para ocultar a origem ilícita dos recursos, eram utilizadas empresas de fachada e operações financeiras complexas, envolvendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas ligadas às OSSs.

  4. Conflito de Interesses: Havia vínculos entre agentes públicos da SESAPI e empresas contratadas pelas OSSs, configurando conflito de interesses e favorecimento ilícito.

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