O Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025), que será aplicado no próximo domingo, dia 5, chega à sua segunda edição com uma série de mudanças importantes em relação ao ano anterior. Criado para unificar a seleção de servidores federais em um único processo, o chamado Enem dos Concursos, o exame de 2025 traz ajustes com o objetivo de corrigir falhas da primeira edição e oferecer mais previsibilidade aos candidatos.
Uma das principais inovações está no sistema de segurança. Para evitar a repetição do erro que levou à desclassificação de candidatos em 2024 por falha no preenchimento manual do tipo de prova, o ministério adotou um novo sistema. Agora, cada caderno de prova terá um código de barras individual, que identifica automaticamente o candidato e a versão da prova, eliminando a necessidade de marcar essa informação manualmente e zerando o risco de eliminação por esse tipo de equívoco.
No aspecto da inclusão, o CNU 2025 introduz uma medida inédita para promover a equiparação de gênero na fase discursiva. A regra determina que, se o percentual de mulheres classificadas para a prova discursiva na ampla concorrência for inferior a 50%, o governo convocará candidatas adicionais até que se atinja a paridade com os homens nessa etapa.
É importante notar que isso não se trata de uma reserva de vagas para a nomeação final, que continuará sendo baseada na pontuação, e não haverá eliminação de candidatos masculinos já classificados; o número total de concorrentes na segunda fase é simplesmente ampliado.
A política de cotas também foi mantida e detalhada, com 35% das vagas totais reservadas para ações afirmativas, distribuídas da seguinte forma: 25% para pessoas negras, 3% para indígenas, 2% para quilombolas e 5% para pessoas com deficiência (PcD).
O formato das provas foi outro ponto ajustado. Diferentemente da primeira edição, as provas objetiva e discursiva serão aplicadas em datas separadas. A prova objetiva acontece no dia 5 de outubro, e apenas os candidatos habilitados nessa primeira etapa retornarão para a prova discursiva, marcada para 7 de dezembro. Especialistas apontam que essa divisão permite que o candidato foque totalmente na prova objetiva inicialmente, mas exige um planejamento logístico e de estudos para a segunda etapa.
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