Economia

DESESPERO

Rombo de R$ 425 milhões: Pão de Açúcar é obrigado a vender 11 lojas

O Pão de Açúcar se desfez das lojas para alugá-las depois

Da Redação

Quinta - 31/08/2023 às 14:25



Foto: Autoria desconhecida Loja do Pão de Açúcar
Loja do Pão de Açúcar

O Grupo Pão de Açúcar, um dos nomes mais renomados do varejo, está vivendo um momento de desespero e atravessa um mar turbulento e instável marcado por rombos e amortecimento de danos. Em junho deste ano, o Grupo Pão de Açúcar se desfez de de 11 lojas próprias para um fundo privado em um negócio avaliado em R$ 330 milhões, sendo que cada uma dessas unidades é composta por um ou mais imóveis. As informações são do TV Em Foco.

De acordo com o portal “Seu Dinheiro”, a transação se deu no formado sale and leaseback, ou seja, o Pão de Açúcar se desfez das lojas para  alugá-las depois. Esses contratos de locação possuem um prazo inicial de 15 anos, com exceção de três lojas, que serão locadas por um período inicial de 18 anos, renováveis por um prazo adicional de respectivo igual período. Dessa forma, o Pão de Açúcar assegurou  a continuidade de suas operações em condições financeiras sustentáveis, com um cap rate (taxa de capitalização) inferior a 9%.

Segundo o portal G1, havia sido registrado um prejuízo líquido consolidado de R$ 248 milhões no primeiro trimestre de 2023, após lucro de R$ 1,4 bilhão no mesmo período no ano anterior. Já no segundo trimestre esse valor praticamente duplicou. Segundo o portal Estadão, o Grupo Pão de Açúcar apresentou um rombo no valor de R$ 425 milhões, no segundo trimestre de 2023. 

Esse resultado é 146% pior do que a perda registrada um ano antes. Se consideradas apenas as “operações continuadas”, porém, o saldo ficou negativo em R$ 330 milhões, uma piora de 54,6% em relação ao mesmo período de 2022. O Ebitda ajustado consolidado ficou em R$ 257 milhões, alta de 7,4%. Enquanto isso, o mesmo indicador para o GPA Brasil foi de R$ 299 milhões, com queda de 3,1%. Já a receita líquida foi de R$ 4,7 bilhões, com alta 13,5% sobre o mesmo período de 2022. Apesar disso, de acordo com o destaque feito pela própria companhia, houve alta de 0,4 ponto percentual e 2,2 pontos.

Agora, em agosto de 2023, o Grupo GPA, continua avançando em sua estratégia de venda de ativos. De acordo com o portal Valor, a companhia está em fase de diligências, o chamado “due dilligence”, pelo jargão do mercado, para a venda de sua sede, localizado no Jardim Paulista em São Paulo, Para essa transação, a companhia tem a expectativa de colocar R$ 250 milhões em seu caixa. Porém, ao serem procurados pelo mesmo portal, o GPA não se pronunciou quanto a identidades de possíveis compradores tampouco o modelo de negócios. 

Mas o que está acontecendo com o Grupo Pão de Açúcar afinal? 

O GPA está atravessando por um cenário um tanto adverso, sendo assim, todas essas ações estão sendo feitas para apenas para equilibrar as contas e ajustar o seu balanço, afim de reduzir a sua alavancagem. Utilização de determinados recursos para aproveitar oportunidades de multiplicar seus resultados. Ela funciona como um limite de crédito, possibilitando que você invista um valor maior do que tem em conta. Ou seja, a partir de um pequeno esforço torna-se possível ampliar seus ganhos Vale mencionar, que apesar do cenário adverso, o Grupo Pão de Açúcar viu suas vendas crescerem nos últimos meses. 

De acordo com o G1, seguindo o  conceito “mesmas lojas”, que considera os pontos comerciais que já estavam abertos um ano antes, o avanço foi de 6,4%.

Inclusive, o Ceo da companhia, Marcelo Pimentel deu a seguinte declaração: “Mesmo com um cenário de arrefecimento do mercado, registramos um crescimento das vendas mesmas lojas de 6,4%, com um crescimento de 8,6% no Pão de Açúcar, alavancado pela estratégia de aumento da penetração da categoria de perecíveis, resultado da melhoria da qualidade do sortimento com competitividade”  

De acordo com o Estadão, as lojas do Pão de Açúcar, tiveram destaque nos aumentos das categorias de frutas, legumes e verduras e açougue, após uma série de ajustes ao longo dos últimos trimestres.

Fonte: TV Foco

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