
O índice que mede a confiança do consumidor caiu 2,7 pontos em janeiro, para 75,8 pontos, menor valor desde junho de 2020 (71,1 pontos), quando se iniciava a fase de recuperação das perdas sofridas nos primeiros quatro meses de 2020, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
“A confiança do consumidor manteve a trajetória de queda pelo quarto mês consecutivo. O recrudescimento da pandemia e a necessidade de adoção de medidas mais restritivas por algumas cidades geram grande preocupação com os rumos da situação econômica do país e das famílias. Sem o suporte dos benefícios emergenciais, as famílias continuam postergando consumo e dependendo da recuperação do mercado de trabalho, que tende a ser lenta diante do cenário atual”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Em janeiro, houve piora tanto da percepção dos consumidores em relação ao momento quanto das expectativas para os próximos meses.
O indicador que mede as perspectivas sobre a economia foi o que mais contribuiu para a queda do índice de confiança. Já a percepção de piora da situação corrente é mais evidente na satisfação com as finanças familiares.
Com perspectivas mais pessimistas, consumidores sinalizam também um menor ímpeto de compras, com o menor patamar desde julho de 2020.
Por faixas de rendimento, houve recuo da confiança em todas as famílias, exceto nas de renda até R$ 2,1 mil, que teve aumento. Apesar disso, como o índice desta faixa de renda mais baixa havia recuado no mês anterior, continua sendo o menor entre as quatro classes de renda.
Para as famílias de maior poder aquisitivo, a queda da confiança foi influenciada pela piora nas expectativas em relação à situação econômica e ao mercado de trabalho.
Fonte: G1