Economia

Piauí registra crescimento na contração de renda nos últimos 4 anos

O indicador Gini, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos, foi de 0,474 em 2020 para 0,552 em 2023

Da Redação

Domingo - 21/04/2024 às 09:17



Foto: IBGE O Piauí foi de 0,474 em 2020 para 0,552 em 2023 no índice Gini
O Piauí foi de 0,474 em 2020 para 0,552 em 2023 no índice Gini

O Piauí registrou nos últimos 4 anos um crescimento na concentração do rendimento médio mensal real domiciliar percapita. O estado foi de foi de 0,474 em 2020 para 0,552 em 2023 no índice Gini, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) foram divulgados na sexta-feira passada (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Numericamente, o Gini varia de zero a um, onde o valor “zero” representa uma situação de igualdade, ou seja, todos teriam a mesma renda, e o valor “um” no extremo oposto, é aquele onde teoricamente uma única pessoa deteria toda a riqueza. Em uma análise de 2012 a 2023, o IBGE percebeu que nos últimos quatro anos o índice de concentração do rendimento médio mensal real domiciliar percapita no estado registou rescimento, tendo passado de um índice de Gini de 0,474 em 2020, que foi o menor da série histórica, para um índice de 0,552 em 2023. A média é o maior da série histórica, e o segundo maior do país, ficando atrás apenas da Paraíba, com um indicador de 0,559.

Já no Nordeste, a concentraçã média tem registrado queda nos últimos três anos, tendo passado de 0,556 em 2021, para 0,509 em
2023, índice inferior ao observado para o Piauí, que foi de 0,552. Destaca-se que o Nordeste possui uma das maiores proporções de domicílios beneficiados pelo Programa Bolsa Família e essa melhora na distribuição de renda pode ter sido favorecida pelo aumento do valor  do benefício médio e pela ampliação da população abrangida pelo programa.

Ja a nível nacional, o índice do Brasil nos últimos seis anos tem apresentado tendência de queda, passado de 0,545 em 2018, para 0,518 em 2023. Dentre as unidades da federação, os menores indicadores estão com Santa Catarina (0,418), Mato Grosso (0,452), Rondônia (0,455).

Em 2023, dentre as grandes regiões do país, a região Sul foi a que apresentou o menor indicador de concentração do rendimento médio mensal real domiciliar percapita, com 0,454. Na sequência vem a região Centro-Oeste (0,498), região Norte (0,500), região Sudeste (0,508) e a região Nordeste (0,509).

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