Foto: Ricardo Stuckert
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As montadoras de veículos solicitaram ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), um aumento imediato na tarifa de importação sobre carros elétricos, elevando-a para 35%, o máximo permitido pelo Mercosul.
O pedido foi apresentado pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, poucas horas antes da sanção presidencial do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover).
O programa Mover prevê incentivos de R$ 19,3 bilhões ao setor automotivo até o final desta década, com as montadoras instaladas no país prometendo completar um ciclo de R$ 117 bilhões em investimentos até 2030.
A medida é vista como essencial pela indústria automotiva nacional para conter o crescimento das importações de automóveis chineses, que aumentaram significativamente nos últimos meses. Em abril, o Brasil tornou-se o maior mercado de exportação de carros híbridos e elétricos fabricados na China, superando a Bélgica, com mais de 40 mil unidades importadas — um aumento de 13 vezes em relação ao mesmo mês do ano anterior.
A Anfavea argumenta que a participação dos carros importados nas vendas de automóveis em 2024 pode chegar a 20%, praticamente dobrando a fatia verificada nos últimos anos. A associação defende que outros países e blocos econômicos, como Estados Unidos e União Europeia, já estão adotando medidas restritivas à entrada de carros chineses e que o Brasil deveria fazer o mesmo para se proteger contra a entrada "indiscriminada" de veículos subsidiados e vendidos abaixo do custo de fabricação pela China.
Fonte: Brasil247
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