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Professor da Uespi ganha o Prêmio Griots e reforça valorização da cultura afro-brasileira

Feliciano foi agraciado por sua atuação como criador artístico na música afro-brasileira e por sua trajetória como pesquisador e educador

Da Redação

Domingo - 17/11/2024 às 19:21



Foto: Redes sociais Feliciano Bezerra é apaixonado por livros
Feliciano Bezerra é apaixonado por livros

O professor Feliciano Bezerra, do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), recebeu o Prêmio Griots 2024, uma das maiores honrarias acadêmicas e culturais voltadas à promoção das culturas afro-brasileiras.

Organizado pelo Congresso Internacional de Literaturas e Culturas Africanas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o prêmio reconhece personalidades que se destacam na preservação e difusão da herança cultural negra. Feliciano Bezerra foi agraciado por sua atuação como criador artístico na música afro-brasileira e por sua trajetória como pesquisador e educador.

O Prêmio Griots já celebrou figuras renomadas, como o poeta e professor Elio Ferreira, consolidando-se como referência no reconhecimento de trabalhos voltados à identidade negra e à cultura afro-brasileira. Bezerra destaca-se por sua pesquisa acadêmica sobre identidade negra e pela criação artística que funde reflexão intelectual e expressão cultural.

“Esse prêmio é uma afirmação do valor da minha contribuição, tanto no campo da educação quanto na promoção da cultura afro-brasileira. É um orgulho pessoal, mas também uma validação da importância de unir pesquisa e arte”, destacou o professor.

Impacto no Piauí e no Brasil

A valorização da cultura afro-brasileira é uma bandeira que Feliciano Bezerra carrega com orgulho. Durante o evento de premiação, o professor celebrou a parceria com Elio Ferreira, ressaltando a relevância da união entre arte e academia na luta por uma sociedade mais inclusiva.

Em meio à semana do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, Bezerra relembrou que, apesar dos avanços, ainda há desafios:

“A universidade oferece um dos maiores espaços de emancipação e mudança social, enquanto a arte tem o poder de sensibilizar e mudar a percepção do público sobre questões como a diversidade e a inclusão”, concluiu.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56,1% da população brasileira se autodeclara negra ou parda, mas essa representatividade ainda enfrenta barreiras no âmbito acadêmico e cultural. Premiações como o Griots ajudam a dar visibilidade a essas questões e promovem debates essenciais sobre inclusão.

Educação e cultura como pilares de transformação

Feliciano Bezerra reforçou que educação e arte se complementam, criando um ciclo virtuoso de formação de cidadãos conscientes e críticos. O professor acredita que sua trajetória une teoria e prática, conectando conhecimento acadêmico às expressões culturais afro-brasileiras, como a música.

Com o Prêmio Griots 2024, Feliciano Bezerra reafirma seu compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira e fortalece o papel da universidade e da arte como agentes de transformação social. A honraria não apenas reconhece sua trajetória, mas também evidencia a importância de políticas culturais e educacionais voltadas para a construção de uma sociedade mais justa e plural.

Fonte: CCOM

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