Arte e Cultura

PEGA DE BOI

Comunidade São Luís em Pedro II celebra a cultura do vaqueiro no dia 31 de maio

A festa vai reunir mais de 50 vaqueiros que participarão da 8ª Pega de Boi no Mato Manoel Fernandes

Da Redação

Terça - 06/05/2025 às 10:50



Foto: Maike Monteiro Pega de Boi Manoel Fernandes já virou tradição na comunidade
Pega de Boi Manoel Fernandes já virou tradição na comunidade

Para celebrar a cultura do vaqueiro, a comunidade São Luís, a 20 km de Pedro II, realiza a oitava edição da Pega de Boi Manoel Fernandes. A festa acontece no dia 31 de maio com uma vasta programação que inclui café da manhã, celebração religiosa, almoço e muito forró com os artistas locais Manoel Rock, Manu Vaqueira, Fabinho e Forró na Farra, e Wallace Estouro.

O evento busca homenagear esses trabalhadores rurais e mostrar que a cultura do vaqueiro ainda pulsa forte no coração do povo de Pedro II. Considerado herói do sertão nordestino e representante de uma das primeiras profissões do Piauí, o vaqueiro tem como missão cuidar da rica e vasta pecuária piauiense, além de cultivar a terra nos períodos chuvosos.

O ofício é passado de geração em geração e, apesar das dificuldades enfrentadas no campo — muitas vezes em locais remotos, distantes dos grandes centros e das políticas públicas —, o vaqueiro é uma figura carismática que conquista respeito e admiração por onde passa. Um verdadeiro herói piauiense.

Motivada pelo filho, que é vaqueiro desde criança, dona Altina Uchôa criou o evento como forma de abraçar aqueles que lutam diariamente por um estado mais produtivo, respeitando as origens do povo mais humilde.

"A tradição do vaqueiro é secular, está no nosso sangue. Sempre tem um filho ou um neto que acredita e dá seguimento à cultura. Um povo humilde que não tem medo do trabalho e que enfrenta as dificuldades do sertão sorrindo", finaliza dona Altina.

Vaqueiro há mais de 60 anos, o senhor Francisco Carneiro, mais conhecido como Teixeira, que ajuda na organização do evento, convida a população a conhecer mais sobre essa cultura e pede que os jovens nunca a deixem morrer.

"Com muita dificuldade, a gente faz o evento para homenagear os heróis que vestem armaduras de couro, chapéu e gibão, e que desempenham a árdua missão de cuidar dos animais e cultivar a terra. Peço que os jovens valorizem e conheçam mais sobre suas origens. O vaqueiro faz parte da história e da cultura, que nunca pode morrer", conclama o senhor Teixeira, que aprendeu o ofício com o pai e com o avô.

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