Foto: Reprodução
Moradores incendeiam pneus contra reintegração de posse
Moradores de um terreno ocupado por cerca de 75 famílias na região do Loteamento Uruguai, Zona Leste de Teresina, queimaram pneus e interditaram vias contra o cumprimento de uma ordem judicial de desapropriação que foi iniciada nesta terça-feira (24). As famílias alegam que moram no terreno há cerca de onze meses, e que a prefeitura chegou a apresentar projetos, mas nunca executou efetivamente.
A Polícia Militar chegou por volta de seis da manhã. Com o avanço dos policiais, os moradores fizeram barricadas e cercaram todo o espaço. De acordo com Leonardo Bezerra, representante das famílias, as famílias não tem condições de moradia digna. "A gente não tem condição de moradia, não tem salário. Vieram com a necessidade, viram esse terreno disponível da prefeitura. A gente está tentando constituir moradia para esse povo desabrigado que vem de uma pandemia, calejado, sofrido, de tanto apanhar do estado, do governo, da prefeitura. A gente está aqui reivindicando esse pedaço de chão para fazer uma moradia para esse povo", declarou em entrevista a uma emissora de televisão.
De acordo com o Major Jamson, da Polícia Militar, a corporação já vinha tentando intermediar contato há alguns dias: "A Polícia Miitar está aqui para garantir o cumprimento de uma ordem judicial emanada pela 5ª Vara Cível daqui da capital, que manda desocupar um terreno. A Polícia Militar não chegou hoje, nós estamos aqui há mais de uma semana, fizemos contato com ocupantes, com lideranças, junto com oficiais de justiça, houve uma preocupação prévia do comandante geral de solicitar a presença de órgãos fora da PM, como Conselho Tutelar, Ministério Público, Semcaspi, estamos aqui como Polícia Militar, manter a ordem, garantir a decisão judicial, e garantir a segurança de ambas as partes", falou.
Eduardo Aguiar, secretário executivo da Semcaspi, informou que a secretaria está dando suporte para que as famílias tenham direito aos programas sociais. "Nós estamos para garantir o direito da criança e do adolescente e das famílias que estão ai, assegurar que elas possam ser atendidas com os CRAS, Cadastro Único, Auxílio Brasil, e tentar articular com lideranças para mitigar a situação de vulnerabilidade", disse em entrevista.
Reportagem em atualização
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