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MEIO AMBIENTE

Rio adota protocolos para níveis de calor extremo

Cidade poderá proibir realização de eventos em dias de calor forte

Da Redação

Segunda - 04/11/2024 às 11:23



Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Rio adota protocolos para níveis de calor extremo
Rio adota protocolos para níveis de calor extremo

O Rio de Janeiro passou a adotar um protocolo para diferentes níveis de calor. São cinco níveis, onde o primeiro (Nível de Calor 1 ou NC1) é considerado normal e o último (NC5) significa calor extremo com impactos críticos para a saúde humana. Nesse caso, a prefeitura poderá determinar a suspensão de atividades não prioritárias, incluindo eventos ao ar livre com grande aglomeração de pessoas.

Os níveis NC2 e NC3 indicam um aumento do risco para a população, e a prefeitura ampliará sua comunicação e emissão de alertas. O nível NC4 já demonstra calor extremo, podendo resultar em casos graves de saúde. Neste penúltimo nível, a prefeitura mobilizará a rede de saúde e avaliará a suspensão de atividades externas.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o Rio de Janeiro é a primeira capital a adotar esse protocolo. “É o primeiro verão com uma definição clara de como se portar em cada momento de temperatura, pressão e umidade da cidade”, afirma.

Com base na previsão meteorológica, a prefeitura poderá avisar com antecedência a chegada dos níveis de calor 4 ou 5. “Vamos saber se há probabilidade alta de um nível de calor 5 e, antecipadamente, vamos orientar sobre medidas a serem tomadas”, diz Soranz.

Esse protocolo é parte do Plano Verão 2024/2025 da prefeitura, que considera o período de seis meses com mais chuvas e temperaturas altas, de novembro até abril. Em novembro do ano passado, a cidade atingiu a temperatura recorde de 43,8ºC.

A meteorologista Raquel Franco, chefe do Sistema Alerta Rio, afirma que o fim do El Niño deve resultar em um verão com temperaturas mais amenas. “É provável que não tenhamos um verão tão quente quanto no ano passado”, explica.

Por outro lado, as chuvas no Rio de Janeiro devem ser acima da média entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, aumentando o risco de deslizamentos e enchentes. A prefeitura realizou quase 200 obras de contenção nos últimos quatro anos e limpou 3,5 mil quilômetros de galerias de águas pluviais.

O prefeito Eduardo Paes pediu que a população fique atenta aos alertas. “O risco de tempestades é grande. Portanto, acreditem e preservem sua vida, porque essa é a única coisa que não se recupera.”

Desde março, a cidade conta com um novo radar meteorológico em Mendanha, melhorando as previsões de tempestades.

Fonte: Agência Brasil

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