
Mesmo medicado por causa de um quadro de labirintite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou nesta terça-feira (27) sua rotina de trabalho no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. A decisão ocorre um dia após o chefe do Executivo ter cancelado todos os compromissos da agenda por conta de um mal-estar que o levou ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Apesar do episódio, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) informou que o estado de saúde do presidente é considerado bom e que ele "poderá convocar ministros para reuniões ao longo do dia".
Lula se sentiu mal após o almoço de segunda-feira (26) e foi atendido inicialmente pela equipe médica do Palácio do Planalto. Por recomendação dos médicos, seguiu para o hospital por volta das 15h, onde passou cerca de duas horas realizando exames de sangue e de imagem. Os resultados, segundo a Presidência, foram "dentro da normalidade".
A médica infectologista Ana Helena Germoglio, que acompanha Lula desde o início de seu terceiro mandato, confirmou o diagnóstico de labirintite. "Os sintomas da labirintite podem perdurar entre 24 e 48 horas", afirmou a especialista, que orientou a manutenção da medicação durante esse período.
Ainda não há previsão para o retorno de Lula ao Palácio do Planalto, sede administrativa do governo. Na segunda-feira, o presidente cancelou reuniões com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia). A Secom ainda não informou se os compromissos serão remarcados.
Também foram suspensos dois eventos oficiais que contavam com a participação do presidente: a cerimônia em comemoração ao Dia do Diplomata, no Itamaraty, e uma reunião com reitores de universidades federais. O vice-presidente Geraldo Alckmin substituiu Lula no evento diplomático. Já os ministros Camilo Santana (Educação) e Fernando Haddad representaram o governo na interlocução com os reitores.
A Presidência ainda não detalhou se a agenda dos próximos dias será afetada, mas auxiliares próximos afirmam que Lula deve manter atividades internas no Alvorada até a recuperação completa.
Fonte: Brasil 247