
Não falta boa vontade do governo do Piauí, que já acena com novos incentivos, para resolver o problema que se arrasta há quase três anos sem que se apresente uma solução para diminuir o drama de 400 famílias de trabalhadores desempregados, que passam necessidade e até fome, em Fronteiras, a 406 Km de Teresina no Sul do Piauí.
Além dos incentivos fiscais concedidos por 16 anos, o Estado ofereceu outras vantagens para a instalação da fábrica de cimento Itapissuma, do Grupo João Santos, em Fronteiras.
A garantia é do deputado Warton Lacerda (PT), que já foi empregado da fábrica e propôs a audiência pública, subscrita pelo colega petista Franzé Silva, para discutir a demissão dos trabalhadores diretos e o fechamento da fábrica há cerca de dois anos e meio, sem qualquer justificativa ou satisfação aos empregados.
“O que está acontecendo é a morosidade, eles estão protelando. Dois anos e meio e não se paga. A empresa teve lucros, muitos lucros. Eles estão colocando que houve crise, que ficou provado não afetou a indústria cimenteira como eles querem deixar transparecer; que falta água, quando a gente sabe que a fábrica de Codó, municípios que é cercado de água, também foi fechada. Já temos os encaminhamentos para que a fábrica vá a leilão; para que a PGE acione a União para cassar a autorização do funcionamento da fábrica; e para que os bens sejam bloqueados para pagamento das dívidas trabalhistas e outras dívidas da empresa”, explicou Warton Lacerda.
O deputado Franzé Silva foi ainda mais incisivo. Em pronunciamento durante a audiência pública. “Essa indústria chegou ao Piauí. E não veio porque era boazinha, não”.
Franzé anunciou que vai pedir a falência e o bloqueio dos bens da empresa e dos seus donos; que a Itapissuma perca a licença de mineração e que seja aberta uma licitação para a exploração da mina por outras empresas.
Imagens/vídeos: Caio Bruno/Paulo Pincel/Jarbas Santana
Fonte: Alepi
