
Não têm sido fáceis os dias que vivemos, sempre com mais notícias ruins que com boas novas, sempre com o espalhamento eficaz de notícias falas, de boatos, que de informações verdadeiras – ainda que não auspiciosas.
Nesse contexto, parece que a esperança, a fé, o otimismo e a confiança no futuro devem estar enfraquecidos. É possível que sim, embora eu nem tenha parado para olhar alguma pesquisa que indique se a gente olha para o futuro com um sorriso ou com sombra no olhar.
A pergunta que me vem à cabeça é uma: para acreditar no futuro melhor ou para ter otimismo, fé e confiança no que virá, o que nós devemos fazer? Uma dica que tenho é olhar para trás inicialmente. Vamos olhar o passado e verificar se, em situações de tensão, crise, conflitos e abalos houve razões para a perda de confiança, fé e esperança.
Por exemplo: que tipo de otimismo e confiança no futuro poderiam ter as pessoas quando o mundo entrou em conflito generalizado em entre 1939 e 1945, com forças nazistas avançando sobre países democráticos, como a França e havendo destruição sistemática, inclusive com os campos de concentração? Uma resposta está em coisas como a resistência dos franceses e dos povos Leste Europeu contra o poderio militar alemão ou ainda a tenacidade de Winston Churchill em combater o inimigo nazista.
Os “partisans” que resistiam como guerrilheiros ao nazismo podem ser vistos como os primeiros a ter que oferecer na luta nada além de sangue, suor, lágrimas e trabalho. Essa foi a frase de Churchill ao despachar seus soldados para a frente de guerra. O que há entre suas palavras e a ação dos “partisans” é uma lição que devemos tomar hoje e sempre: sempre que houver uma possibilidade de prevalecer o que é certo e justo não pode haver a perda da esperança, da fé e do otimismo no futuro.
Nos dias atuais, com uma pandemia de uma doença desconhecida e agressiva, o que podemos fazer para manter nossa moral em alta? Acreditar que se agirmos do modo certo estaremos num caminho certo para um futuro melhor. Além do mais, é preciso lembrar que no passado, uma epidemia era quase uma sentença de morte coletiva. Hoje parece ser um pouco mais que um aborrecimento de adotar medidas sanitárias, algumas restritivas, mas todas com um elevado grau de certeza sobre sua eficácia.
Isso tudo significa que, olhando o passado, podemos evitar no presente os erros pretéritos, adotar lições e saberes construídos antes, agir de modo certo e sensato. Valem essas lições para tudo na vida, incluindo a economia, que tanta gente vê derrotada e sem chances de reanimar-se. Lembremos de tantas crises anteriores, como a Grande Depressão ou a crise do petróleo dos anos 70 ou ainda a hiperinflação do Brasil dos anos 80. Todos saíram mais fortes delas. Vamos também sair mais fortes da atual crise. Se melhores, não podemos aferir, mas, pelo menos, com mais conhecimento para no futuro não repetir os erros do presente atual, que será o passado para o qual vamos olhar se e quando houver uma nova crise ou pandemia.
