Conciso

Má escalação


Urna eletrônica

Urna eletrônica Foto: Reprodução

Findada a Copa do Mundo podemos voltar à realidade. Tudo bem que para nós, brasileiros, ela encerrou naquela derrota para a Bélgica nas quartas. É sempre lamentável o Brasil não chegar ao menos nas semifinais, porque por mais medíocre que seja o time (e este era) a seleção canarinho entra com o dever de honrar os cinco títulos.

Perder faz parte do jogo. Felizmente, para mim, há um bom tempo deixei este ímpeto de achar ser o futebol a única alegria para nós. Quem pensa dessa forma encara uma derrota de Copa do Mundo como algo trágico capaz de ter uma sensação de revolta imensa. É preciso entender ser o futebol um esporte emocionante, mas não nossa única esperança de alegria.

Agora vem o momento mais importante: eleições presidenciais. E desde 1994 ela coincide com a escolha de governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Considera-se, desta forma, a mais importante disputa para escolha de representantes.

Entendo esta de 2018 a mais decisiva para o futuro do país. Dela virá o presidente que, a partir de janeiro, administrará uma república democrática em frangalhos. Ressalta-se isso devido a não aceitação da derrota por parte da direita no pleito de 2014, juntaram-se a traidores e deram um golpe jurídico-midiático e trouxeram novamente o desemprego, desvalorização salarial, perda de direitos trabalhistas e a vergonhosa volta da fome.

Para quem não enxerga dessa forma, aconselho analisar os números de instituições sérias. A melhora no padrão de vida do brasileiro nos anos de 2003 a 2014 foi sentida e agora há uma sensação saudosista desse período, onde a massa da população experimentou fazer curso superior, andar de avião, direitos trabalhistas assegurados, salário valorizado a cada ano e consumir. Movendo, desta forma, a economia.

Infelizmente, aquela minoria que sempre se aproveitou da concentração de renda soube manipular para obter o apoio da maioria da população, que encara a política como jogo de futebol, pensa não fazer diferença pois “são tudo farinha do mesmo saco” e se deixou levar como patos através do discurso de “combater a corrupção”. Muitos tentaram avisar para não se deixarem influenciar, mas o poder midiático mostrou sua força.

É bom aprender com o ocorrido de 2014 para cá, analisar os fatos apresentados pela grande mídia, ter enorme cuidado com candidatos extremistas que apresentam soluções fáceis e não escolher representantes ruins, assim não teremos motivos para nos alegrarmos e aguardar mais 4 anos apanhando dessa má escalação feita por nós (eleitores).

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Joaquim Lourenço

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Joaquim Lourenço é licenciado em Letras pela Universidade Federal do Piauí e advogado pela FAP Mauricio de Nassau
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