Ando nas voltas do mundo
Traçando o meu caminho
De criança a viramundo
Teço no vento meu ninho
À verdades não me atenho mais
Só tenho esse punhal
Que brilha como um espelho
Pra além do bem e do mal
Caço na mata do peito
Eu rasgo o bucho da morte
E é por ser, ora, muito vivo
Que eu puxo a perna da sorte
Não me venha com além mundos
Não me faço esperar
Escorro pelo segundo
E deixo ao vento o semear
Por Samuel Brandão