
Em Teresina, uma rede de serviços públicos oferece apoio e tratamento gratuitos para pessoas com pensamentos suicidas e seus familiares. A iniciativa faz parte de um esforço contínuo para fortalecer a saúde mental na capital e garantir que a população saiba onde encontrar ajuda em momentos de sofrimento psíquico.
Rede de atendimento em Teresina
PROVIDA: Ambulatório especializado da Fundação Municipal de Saúde (FMS) para pessoas que tentaram suicídio. O local atende por demanda espontânea (não precisa de agendamento), com psicólogos e psiquiatras. Endereço: Rua Álvaro Mendes, 1557, Centro. Para tirar dúvidas, utilize o WhatsApp (86) 99577-1567.
CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): Teresina conta com sete unidades que oferecem acompanhamento a pessoas com transtornos mentais severos e persistentes. Eles possuem equipes multiprofissionais prontas para acolher a população.
Unidades Básicas de Saúde (UBS): Para casos mais leves, a orientação é procurar a UBS mais próxima. Lá, é possível agendar consultas com psicólogos e psiquiatras em ambulatórios especializados, caso seja necessário.
Atendimento de urgência e internação
Para situações de urgência, como surtos psicóticos ou tentativas de suicídio, a população pode acionar o SAMU pelo número 192 ou se dirigir a UPAs, hospitais e ao Hospital Areolino de Abreu, que conta com psiquiatras 24 horas. Pessoas já vinculadas a um CAPS também podem buscar atendimento diretamente na unidade.
Em casos de alto risco que necessitem de internação, Teresina foi a primeira capital brasileira a implantar leitos específicos para prevenção do suicídio no Hospital da Primavera. O acesso a esses leitos é feito por encaminhamento de médicos de hospitais públicos da cidade, que solicitam a transferência do paciente.
Falar é a melhor forma de prevenção
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídio estão ligados a transtornos mentais que podem ser tratados. Profissionais da área destacam a importância de quebrar o tabu em torno do assunto e de estar atento a sinais como isolamento, mudanças de comportamento e expressões de sofrimento. "Precisamos estar atentos a esses sinais e buscar ajuda especializada. Com acolhimento e tratamento adequado, é possível reduzir significativamente o risco", explica Matheus Martins, psicólogo do CAPS Sudeste.
Fonte: PMT