![Tratamento de varizes no Piauí](https://piauihoje.com/uploads/imagens/whatsapp-image-2025-01-09-at-11-59-37-1736434821.jpeg)
O Programa de Varizes do Hospital Getúlio Vargas (HGV) volta a funcionar nesta segunda-feira (17), após a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e o Conselho Regional de Medicina (CRM) implementarem ajustes exigidos para a continuidade dos procedimentos. As adequações incluem a ampliação da estrutura de atendimento e a redefinição do número de cirurgias realizadas por médico por dia.
De acordo com Anderson Dantas, diretor da Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar da Sesapi, reuniões com o CRM foram realizadas para alinhar as adequações necessárias. "Após os ajustes solicitados, recebemos o parecer favorável na última quinta-feira, permitindo a retomada dos atendimentos a partir das 8h do dia 17", afirmou.
Com a reativação do programa, a Sesapi trabalha na reorganização do cronograma para minimizar os impactos da suspensão temporária. “Nosso objetivo é que ninguém que tenha deixado de ser atendido seja prejudicado e que todos tenham acesso ao serviço. Nossa equipe está organizando o novo cronograma, que logo será divulgado. Vamos trabalhar para que todos que necessitam dos procedimentos tenham acesso aos serviços e possam usufruir dos benefícios que eles trazem para a qualidade de vida”, afirma o superintendente de Gestão da Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo.
O que aconteceu com o programa
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI) determinou, no dia 12 de fevereiro, a suspensão do mutirão de tratamento de varizes promovido pelo Governo do Estado no Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina. A decisão foi tomada após a constatação de uma série de irregularidades que, segundo o conselho, colocavam em risco a segurança dos pacientes.
Entre as inconsistências apontadas pelo CRM-PI, destacam-se a ausência de um coordenador técnico com Registro de Qualificação de Especialista (RQE), exigência obrigatória para a realização do mutirão; a falta de informação sobre os médicos participantes; e a ausência do Certificado de Regularidade. Além disso, foram identificadas falhas nos prontuários médicos, que não continham informações essenciais, como horário de atendimento, ato médico executado, histórico clínico e familiar dos pacientes, exames físicos e complementares, avaliação do estado mental, além de dados sobre prognóstico e possíveis sequelas.
Diante das irregularidades, o CRM-PI decidiu, em reunião plenária, suspender imediatamente as atividades do mutirão, proibindo a realização de novos procedimentos até que todas as exigências sejam devidamente regularizadas.
Fonte: Com informações de CCOM-PI