O Hospital Buenos Aires, na zona Norte de Teresina, passou a contar com botões de pânico instalados em pontos estratégicos da unidade. A medida tem caráter preventivo e visa garantir uma resposta rápida em situações de emergência.
Segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS), sempre que um colaborador se sentir ameaçado, desrespeitado ou for vítima de agressão, seja verbal ou física, poderá acionar o dispositivo. O alerta é imediatamente enviado a um painel monitorado por um policial de plantão no hospital, que identifica o local da ocorrência e se desloca rapidamente para prestar apoio.
De acordo com o diretor da unidade, Atêncio Queiroga, a medida é essencial diante da natureza do atendimento oferecido: “Por ser um hospital de portas abertas 24 horas, lidamos com demandas que, em certos momentos, podem representar ameaça à integridade física dos nossos profissionais, sejam administrativos ou da linha de frente”.
Violência contra médicos sobe 68% em dez anos
De acordo com um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), os casos de agressões contra médicos aumentaram 68% na última década.
Somente em 2024, foram registrados 4.562 boletins de ocorrência, o maior número já registrado na série histórica. Na prática, isso significa que, em média, 12 médicos são agredidos por dia no país.
Os enfermeiros também estão entre as principais vítimas. Um estudo realizado em 2023 pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) apontou que 80% dos profissionais de enfermagem do estado já sofreram algum tipo de agressão no ambiente de trabalho. No Distrito Federal, outra pesquisa revelou que 82,7% dos enfermeiros e técnicos foram vítimas de violência física durante a jornada laboral.
Fonte: PMT
Siga nas redes sociais
