
O Dia Mundial da Tuberculose, celebrado nesta segunda-feira (24), marca a data em que o médico alemão Robert Koch, em 1882, anunciou a descoberta do bacilo da tuberculose, microorganismo responsável pela doença que leva seu nome.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10 milhões de pessoas são diagnosticadas com tuberculose anualmente em todo o mundo, tornando-se a principal causa de morte infecciosa global, apesar de ser uma enfermidade curável e prevenível.
No Brasil, um dos principais fatores de risco é o encarceramento. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que as taxas de tuberculose entre pessoas privadas de liberdade são 26 vezes mais altas do que na população geral. O diagnóstico da doença pode ser desafiador, uma vez que os sintomas — como tosse persistente, febre, suores noturnos e emagrecimento — são semelhantes aos de outras condições.
O Ministério da Saúde recomenda que pessoas com sintomas respiratórios por mais de três semanas sejam avaliadas para tuberculose, especialmente se houver tosse, que ocorre em casos de tuberculose pulmonar. A precisão do diagnóstico é crucial para o tratamento adequado e a prevenção de complicações. Para isso, o Ministério indica o teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB), conhecido como baciloscopia, como o principal método de diagnóstico, junto à cultura da bactéria e ao teste de sensibilidade aos medicamentos.
Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o teste de liberação de interferon-gama (Igra), utilizado para casos específicos, como pessoas vivendo com HIV, crianças em contato com doentes de tuberculose e candidatos a transplantes de células-tronco.
De acordo com o Ministério da Saúde, o teste Igra apresenta a vantagem de ser rápido e seguro, com uma taxa de precisão superior aos testes anteriores, como o antigo PPD, especialmente em pacientes com HIV. Após um diagnóstico positivo, o paciente é imediatamente encaminhado para tratamento, que pode ser realizado pelo SUS com medicamentos adequados à fase da doença.
Fonte: CNN