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"Não sou ladrão, nunca fui", diz Silvio Mendes ao explicar reajuste do próprio salário

Prefeito de Teresina afirma que aumento foi aprovado pela Câmara no ano passado e que custeia despesas do gabinete do seu bolso

Malu Barreto

Sexta - 15/08/2025 às 17:28



Foto: Instagram Prefeito de Teresina, Silvio Mendes (UB)
Prefeito de Teresina, Silvio Mendes (UB)

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes (UB) divulgou nas suas redes sociais, trecho de entrevista em que justifica o reajuste de 47% do seu salário, que passou de R$ 17.690,57 para R$ 26.080,98. Segundo o gestor, parte das despesas do gabinete da Prefeitura são pagas com seu salário, como o transporte, reforma e refeições em reuniões de alinhamento com servidores.

“Teve reajuste, em tese desproporcional, sim, mas o que foi que eu fiz? Tirei todos os carros de representação. Nem o prefeito, nem o vice, nem secretário nenhum usa carro pago pela Prefeitura, mesmo a serviço da Prefeitura […] Eu não sou ladrão, nunca fui. Eu tenho renda fora disso, não preciso desse dinheiro, me desculpa, não é arrogância, mas eu me preparei para viver esse tempo, vivo do que eu ganhei ao longo da minha vida”, esclareceu em publicação.

Mendes disse ainda que o aluguel de uma caminhonete cabine dupla, alugada pela PMT, chega ao valor de R$ 12 mil, "quase metade do que eu ganho", afirmou. 

Na entrevista veiculada na Tv Clube, Silvio reforçou que o reajuste é legal e foi autorizado pela Câmara Municipal de Teresina por meio de um decreto em abril do ano passado, antes dele assumir o cargo, mas o Tribunal de Contas do Estado do Piauí - TCE-PI orientou a mudar o decreto por uma lei, que foi aprovada pelos vereadores.


O vice-prefeito, Jeová Alencar (Republicanos), também foi beneficiado com reajuste de 47,4%. O pagamento mensal subiu de R$ 14.152,46 para R$ 20.864,78. Para os secretários municipais o aumento foi de 61,5%, passando de R$ 11.304,00 para R$ 18.256,68.

A norma foi publicada no Diário Oficial do Município na última terça-feira (12) e regulariza o decreto aprovado pelo Legislativo que já estava em vigor desde janeiro deste ano.

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