
Após uma deliberação realizada nesta terça-feira (4), o Conselho Superior da Procuradoria-Geral da República (PGR) determinou a aplicação de uma pena de censura à procuradora Thaméa Danelon, conhecida por sua atuação na operação Lava Jato em São Paulo. A decisão surge após críticas proferidas por Danelon em entrevistas e eventos, nas quais opinou sobre processos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e fez ataques às decisões dos ministros.
O voto do procurador-Geral da República, Paulo Gonet, respaldou a imposição da pena de censura, sendo apoiado por outros seis membros do conselho. Entretanto, três membros divergiram, opinando pela absolvição da procuradora.
A defesa de Thaméa Danelon argumentou que suas declarações estavam dentro do escopo da liberdade de expressão e não constituíam infração, ressaltando que não expressou posicionamentos partidários. Todavia, o conselho concluiu que as declarações ultrapassaram os limites do exercício do cargo.
Essa não é a primeira vez que a procuradora se envolve em controvérsias devido a suas declarações públicas. Em uma entrevista à CNN, em outubro de 2021, Danelon criticou o presidente Lula (PT), concordando com uma declaração de Ciro Gomes de que Lula fazia alianças políticas para "assaltar novamente os cofres públicos".
Fonte: Brasil 247